Nicotina mais viciante encontrada em cigarros comuns é a mesma na maioria dos cigarros eletrônicos

Os fumantes de cigarro eletrônico estão enganados se pensam que estão livres do vício. É o que diz um estudo publicado recentemente no periódico científico Chemical Research in Toxicology.

Pesquisadores da Universidade Americana de Beirute, no Líbano e do Centro para o Estudo de Produtos do Tabaco, nos Estados Unidos, analisaram diversas marcas de cigarro eletrônico com o objetivo de descobrir o nível e o tipo de nicotina presente no líquido destes dispositivos.

Os resultados mostraram que a maioria dos cigarros eletrônicos contém a forma mais viciante de nicotina, também conhecida como “base livre”, e a única que é realmente absorvida pelo corpo. Eles também encontraram uma grande variação na concentração da substância entre as marcas e, em alguns casos, a concentração real do produto era diferente da descrita na embalagem.

A descoberta contradiz o principal argumento dos defensores deste tipo de produto, que afirmam que o cigarro eletrônico não contém os compostos químicos e subprodutos do tabaco presentes no cigarro comum.

“Essa percepção decorre do fato de que os cigarros eletrônicos são dispositivos elétricos que aquecem e vaporizam um líquido aromatizado contendo nicotina para produzir um aerossol inalável, sem envolver a combustão nem os tóxicos relacionados a este processo, tais como monóxido de carbono e óxido nítrico”, relataram os autores.