Artista é responsável por alguns dos maiores clássicos do super herói

O confronto de “Batman vs Superman: a origem da justiça” realizou o sonho criado há 30 anos nas mentes de muitos fãs do homem-morcego. Com a chegada da primeira edição de “Cavaleiro das trevas III – A raça superior” ao Brasil no final de abril, o quadrinista Frank Miller tenta a construção de uma nova fantasia, ao colocar o alter ego de Bruce Wayne contra um exército de super homens.

Quando Miller lançou o primeiro “O cavaleiro das trevas”, em 1986, não foi responsável apenas pela saga mais importante da história do personagem, mas deu origem a um período nas HQs que dura até os dias de hoje — e se reflete, obviamente, nos milionários lançamentos dos cinemas. Desde a clássica história, o personagem deixou seu lado mais colorido da série dos anos 1960 e se tornou mais sombrio e violento.

Se nos dois primeiros capítulos de sua história mais famosa o quadrinista concentrava suas atenções em um Batman com idade avançada retornando à ativa após anos de aposentadoria, em “A raça superior” o centro da narrativa é outro.

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Coincidentemente, esta é a primeira vez em que ele divide o roteiro em uma história da saga. Brian Azzarello, quadrinista responsável pela elogiada graphic novel sobre o maior inimigo do cruzado de capa, “Coringa”, também assina as edições.

“O que aconteceria se o planeta se visse subitamente habitado por milhões de super homens?”, pergunta Miller. “Pense nas implicações. Nem todos seriam pessoas boas”, diz o quadrinista, em entrevista a alguns jornalistas da qual o G1 participou após um dos painéis em sua homenagem na Comic Con Experience, em dezembro.

“Nós nos tornaríamos uma subespécie no planeta. E qual herói seria louco o suficiente para liderar uma insurreição? Ele vive numa caverna. Essa é uma dica”, conta, com sua ironia habitual. Ele se refere aos habitantes da cidade kryptoniana de Kandor, encolhida por um dos maiores inimigos de Clark Kent antes da destruição de seu planeta natal e trazida engarrafada à Terra, onde permaneceu pacificamente até que sua população decide que é hora de voltar ao tamanho natural.

No centro da história  estão Carrie Kelley, a Robin criada por Miller, e Lara, filha do Superman e da Mulher Maravilha. “Desde o começo eu só sabia que queria que o Superman e o Batman não gostassem um do outro. E sabia que Carrie e Lara seriam os personagens físicos, porque elas são a próxima geração”, explica.