Cães modernos divergiram de seus antepassados lobos cerca de 16 mil anos após a última idade do gelo

O melhor amigo do homem pode desempenhar este papel há muito mais tempo do que se acreditava – é o que afirma um grupo de cientistas, cuja análise mostra que a domesticação dos cães teria ocorrido há mais de 27 mil anos.

Os seres humanos possivelmente domesticaram os cães entre 27 a 40 mil anos atrás, de acordo com pesquisadores suecos, cujo trabalho foi publicado nesta quinta-feira na revista Current Biology.

Os cientistas basearam a análise em um antigo fragmento de mandíbula siberiana. Estimativas anteriores apontavam que os cães modernos divergiram de seus antepassados lobos cerca de 16 mil anos após a última idade do gelo.

O osso do lobo “Taimyr” analisado no estudo, datado de 35 mil anos atrás, mostra que o animal foi o mais recente ancestral de lobos e cães modernos.

“Os cães podem ter sido domesticados muito antes do que geralmente se acredita”, afirmou Love Dalen, do Museu Sueco de História Natural.

Dalen diz que a única outra explicação para o osso incomum é a possibilidade – menos provável – de que uma grande divergência entre populações de lobos tenha ocorrido nessa época, dando à luz a população de lobos modernos.

O lobo Taimyr viveu alguns milhares de anos após o desaparecimento dos neandertais e os humanos modernos se espalharem por toda Ásia e Europa, disse o estudo.

A análise de DNA mostrou também que os Huskies Siberianos modernos e os cães de trenó da Groenlândia têm um número “extraordinariamente grande” de genes em comum com o lobo Taimyr.