Preso em outubro do ano passado, o empresário Ueverton da Silva Macedo, conhecido como Frescura, entrou com pedido de liberdade. Ele é apontado como um dos principais articuladores de esquema de corrupção em Sidrolândia, chefiado pelo ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB).
Conforme a Justiça, mesmo configurando como réu pelo esquema de desvios milionários em contratos na prefeitura de Sidrolândia, o empresário continuou articulando na administração pública e foi flagrado comemorando nomeação de aliado no município, dando a entender que poderia se beneficiar disso.
Além disso, ele também foi flagrado com dinheiro e anotações em cadernos, em outubro do ano passado, indicando possível compra de votos. Frescura também é réu por obstrução à Justiça, já que teria escondido em um bunker um celular que o Gaeco tentou apreender.
Passados quase 10 meses da prisão, o advogado Fábio de Melo Ferraz entrou com pedido para revogação da prisão preventiva de Ueverton, alegando que os fundamentos para a prisão já não se sustentam mais, uma vez que “já transcorreu o encerramento da instrução processual, ao passo que a liberdade do Requerente não mais teria o condão para intimidar ou interferir na instrução criminal, não existindo qualquer justificativa para a manutenção da prisão preventiva”.
Ação por corrupção em Sidrolândia está ‘pronta’ para sentença
Está ‘concluso’ para sentença ação penal que trata da 2ª fase da Operação Tromper, que revelou esquema de corrupção em Sidrolândia, cidade a 70km de Campo Grande.
Investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) revelaram a partir desta etapa que o ‘chefe’ da organização seria o ex-secretário de Fazenda do município – e ex-vereador de Campo Grande -, Claudinho Serra (PSDB), que é genro da ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), que administrava a cidade durante os crimes.
A ação penal tem sete réus, que são eles:
- Ueverton da Silva Macedo, o Frescura (empresário)
- Ricardo José Rocamora Alves (empresário)
- Roberto da Conceição Valençuela (empresário)
- Odinei Romeiro de Olveira (empresário)
- Evertom Luiz de Souza Luscero (apontado como laranja de Frescura)
- César Augusto dos Santos Bertoldo (servidor)
- Flávio Trajano Aquino dos Santos (servidor)
Já o empresário Milton Matheus Paiva, que foi denunciado, está com processo suspenso após fechar acordo de colaboração premiada.
Conforme as investigações e delação premiada, o grupo se reunia para discutir fraudes a licitações no município de Sidrolândia.
Denunciado, o ex-secretário de infraestrutura, Carlos Alessandro da Silva, se livrou do processo.
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Operação Tromper e fraudes em Sidrolândia
O esquema de corrupção sobre licitações da Prefeitura de Sidrolândia envolve empresários da cidade, que fraudavam documentos das empresas concorrentes, para garantir que seriam as contratadas. Mesmo assim, sem estrutura, essas empresas terceirizavam os serviços pelos quais receberam milhões de reais do dinheiro público.
A investigação do MPMS ainda aponta a participação de ao menos quatro servidores públicos no esquema de fraudes. Um deles teve, inclusive, pedido de prisão preventiva.
No entanto, não foi confirmado se os pedidos foram deferidos. Conforme a peça em que foram embasados os pedidos de prisão e de busca e apreensão, da Operação Tromper, o esquema de corrupção teria iniciado em 2017.
Desta forma, os empresários aproveitavam dos CNPJs para participar das licitações, mesmo sem qualquer tipo de experiência, estrutura ou capacidade para executarem os serviços ou fornecimento nos contratos firmados.
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