A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus, que investiga o serviço prestado pela empresa de transporte coletivo em Campo Grande, se aproxima de chegar a 500 denúncias recebidas pela população da Capital.
Conforme relatório de atualização desta segunda-feira (5), a CPI teve 470 denúncias contra o serviço da concessionária. “[…] demonstrando o alto nível de engajamento da população com os trabalhos da CPI e sua preocupação com a qualidade do transporte coletivo”, traz o documento.
Desde o dia 25 de março, a Câmara Municipal recebe denúncias da população por e-mail, telefone, mensagem e formulário, que dão margem para a investigação da CPI.
A distribuição das denúncias por canal foi a seguinte:
- 401 mensagens recebidas via WhatsApp;
- 32 formulários preenchidos;
- 34 e-mails enviados;
- 2 ligações telefônicas;
- e 1 denúncia realizada de forma presencial.
Líder de denúncias
A má conservação, falta e atrasos constantes de ônibus em Campo Grande lideram as reclamações contra o Consórcio Guaicurus. Relatório do grupo, aponta que “a população clama por medidas urgentes, incluindo renovação da frota, ampliação das linhas, fiscalização efetiva e maior transparência na gestão”.
Assim, a partir das denúncias, os vereadores classificam a situação atual do transporte coletivo “como insustentável e prejudicial à qualidade de vida dos moradores de Campo Grande”. A má conservação lidera as denúncias, seguido da falta de ônibus e o mesmo percentual para atrasos dos veículos.
Como enviar denúncias para a CPI?
– WhatsApp: (67) 3316-1514
– E-mail: cpidotransporte@camara.ms.gov.br
– Formulário anônimo disponível no site www.camara.ms.gov.br ou clique aqui.
O vereador Lívio (União Brasil) preside a Comissão. Além disso, a CPI do Transporte Público também é composta pelos vereadores Ana Portela (PL), que está na relatoria, Júnior Coringa (MDB), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP).
Fatos determinados
A CPI pretende investigar três fatos determinados. Além disso, o objeto de apuração é a junção de dois requerimentos de abertura da CPI, propostos por Junior Coringa (MDB) e Lívio Leite (União).
Então, confira os fatos determinados:
- A utilização de frota com idade média e máxima dentro do limite contratual e o estado de conservação dos veículos nos últimos cinco anos;
- O equilíbrio financeiro contratual após a aplicação dos subsídios públicos concedidos pelo Executivo Municipal de Campo Grande à empresa concessionária, por meio das Leis Complementares 519/2024 e 537/2024;
- A fiscalização feita pela Prefeitura Municipal, pela Agereg e pela Agetran no serviço de transporte público prestado pela concessionária após a assinatura do TAG (Termo de Ajustamento de Gestão) perante o TCE-MS, em novembro de 2020.
Primeiras oitivas
Na segunda-feira (28), a primeira oitiva ouviu a engenheira e mestre em Mobilidade Urbana, Lúcia Maria Mendonça Santos. A especialista se revoltou com a falta de ar-condicionado nos ônibus do Consórcio Guaicurus em Campo Grande.
Assim, criticou o serviço prestado aos usuários na Capital em oitiva da CPI. Profissional de Santa Catarina, Maria prestou depoimento por videochamada na CPI do Consórcio. “Se aqui em Florianópolis, que é frio, nós temos ar-condicionado, imagina vocês que vivem no pico do calor”, criticou.
Uma das suposições da especialista vai de encontro com os relatos de usuários do transporte: excesso de calor. Disse que a instalação dos equipamentos de conforto básico aos usuários não seriam “grande empecilho”. Considerando que o transporte público em Campo Grande é comandado por um grupo de empresas.
Na Casa de Leis, o projeto nº 11.636/2025 prevê “ar no busão”. A matéria é de autoria do vereador Landmark (PT).
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