Um dos maiores narcotraficantes do País, Lourival Máximo da Fonseca, o ‘Tião’, de 56 anos, foi solto pela Justiça para realização de tratamento médico na última sexta-feira (21). Ele estava preso desde fevereiro deste ano no Presídio da Gameleira 1, em Campo Grande. 

A defesa de Lourival havia pedido a prisão domiciliar do cliente alegando que ele precisa de tratamento de forma contínua em razão de um transplante de fígado e por sofrer hipertensão arterial e diabetes. A defesa ainda diz que Lourival estaria tomando remédios por conta própria que estariam sendo levados pela família até a unidade prisional e que o medicamento é “potencialmente perigoso devendo ser
monitorado de forma permanente sob risco de gerar problemas na saúde”.

Os advogados que representam Lourival também destacaram que o cliente corre risco de vida em decorrência da doença. “No caso, a situação merece atenção excepcional, pois, de acordo com laudo médico, o Paciente é portador de “insuficiência renal crônica terminal” e apresenta “risco
aumentado de fraturas” e “de sangramentos, podendo evoluir a óbito”, diz trecho do processo.

Na última sexta-feira (21), foi expedido o mandado de soltura, sendo que o cumprimento publicado nessa terça (25), tendo validade de 90 dias. Dessa forma, Lourival ficará em prisão domiciliar e sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. 

Lourival não poderá se ausentar da residência indicada nos autos, salvo para o tratamento médico e deverá apresentar mensalmente um atestado médico para comprovar a realização dos tratamentos.

Prisão

‘Tião’ foi preso na cidade de San Rafael de Velasco, na Bolívia no dia 15 de fevereiro. Já no dia 17, ele foi entregue à polícia em Corumbá.

A cidade onde ele foi preso fica a aproximadamente 500 quilômetros de Corumbá. Natural de Recife (PE), Lourival já havia sido recapturado em Mato Grosso do Sul após fugir da Bahia, segundo o Ministério da Justiça.

Foragido desde 2020, Tião estava na lista dos 21 mais procurados pelo Ministério da Justiça. Ele foi preso pela Polícia Nacional da Bolívia após uma abordagem. Houve troca de tiros durante a prisão, entre policiais bolivianos e suspeitos.

Ainda de acordo com o MJ, Lourival atua na região sudeste com tráfico, lavagem de dinheiro e tráfico de armas desde a década de 1990. Ele também é investigado por oito homicídios realizados a mando da Organização Criminosa Bonde do Maluco, aliada do PCC.