Justiça autoriza transferência para presídio de MS de ex-namorada de jogador esquartejado

Rúbia Joice estava encarcerada em um presídio do Paraná

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(Da esquerda para a direita: Rubia Joice de Oliver e Hugo Vinicius. Reprodução/redes sociais)

A Justiça autorizou a transferência para um presídio de Mato Grosso do Sul, de Rúbia Joice de Olliver, ex-namorada do jogador de futebol Hugo Vinicius Skulny, de 19 anos, esquartejado em Sete Quedas, a 467 de Campo Grande. O crime aconteceu em junho de 2023.

O juiz de direito Túlio Nader Chrysostomo autorizou a volta de Rúbia para Mato Grosso do Sul, no dia 18 deste mês. A defesa havia pedido pela transferência alegando que, “A transferência para o Estado de Mato Grosso do Sul é medida adequada que atende o trâmite processual, na medida em que é possível providenciar a sua apresentação em juízo quando for solicitado, o agendamento de audiências virtuais, caso necessário, e a execução da sentença, em caso de condenação.”.

Com a decisão da volta, foi solicitado uma vaga para a Agepen. Não há informações para qual unidade prisional Rúbia será transferida. Em março deste ano, ela teve a liberdade provisória concedida pela Justiça. Contudo, houve um novo mandado deferido pelo Tribunal da Justiça. “… Diante do exposto, em parte com o parecer, rejeito a preliminar e, no mérito, dou provimento ao recurso ministerial, a fim de reformar a decisão atacada e restabelecer a prisão preventiva de Rúbia Joice de Oliver Luvisetto, qualificada nos autos”.

Assassinato brutal e cruel

Hugo teve um relacionamento com Rúbia por oito meses, porém terminou o namoro. Desde então, Rúbia não aceitava o término e constantemente enviava mensagens pedindo para encontrar com a vítima. Mesmo assim, se envolvia com Danilo, para tentar causar ciúmes na vítima.

Na noite do dia 24 de junho de 2023, ocorreu uma festa no “Posto do Arnóbio” no Paraguai, próximo à fronteira com Sete Quedas e Rúbia encaminhou mensagens para o jogador a fim de atraí-lo para ter relações no fim do evento.

Hugo estava na festa acompanhado de amigos enquanto Rubia, Danilo e Cleiton pertenciam a outro grupo. A todo tempo, a autora se insinuava para Danilo a fim de causar ciúmes em Hugo.

A festa perdurou até a madrugada, quando Rubia, Danilo e Cleiton foram embora em uma Saveiro prata, de propriedade de Rúbia até a casa dela.

Hugo continuou na festa até que recebeu novas mensagens da autora pedindo que se encontrassem na casa dela. Hugo, então, foi de carona com um amigo até a residência de Rúbia.

Ao entrar no imóvel, a vítima encontrou o trio, logo Danilo sacou uma arma de fogo e efetuou disparo, fazendo com que o jogador caísse. Cleiton verificou que Hugo ainda respirava, então Rúbia buscou as chaves do veículo enquanto ele e Danilo deviam colocar a vítima na carroceria da picape.

Os dois levaram a vítima até a propriedade rural da família de Danilo, na rodovia MS-160, entre Sete Quedas e Tacuru, onde colocaram Hugo no chão. Quando percebeu que, apesar de abatido, ele ainda estava vivo a dupla pegou um facão e desferiu golpes na região do tórax, matando-o. Segundo o laudo necroscópico, foram esses ferimentos do facão que causaram a morte.

Os dois, então, pegaram a vítima e a jogaram no Rio Iguatemi, depois voltaram para a casa de Rúbia.

Nesse tempo, a menina recebeu o padrasto e passaram a ocultar os vestígios de sangue na casa, jogando água. Depois que Danilo e Cleiton voltaram, Patrick pegou o carro, deixou Danilo na casa dele e ocultou a Saveiro usada no crime.

Depois entrou em contato com a esposa, mãe de Rúbia, que concordou que todos, menos Danilo, fossem para sua casa, no Paraguai. Lá organizaram para não contar do crime a ninguém.

Em seguida, mãe e filha levaram Cleiton para sua casa também naquele país. Ainda naquela manhã seguinte ao crime, os pais de Rúbia voltaram à residência dela e limparam a casa, depois pegaram a saveiro e adulteraram o estado da coisa, a fim de induzir os agentes da persecução criminal em erro.

Entre os dias 25 e 1º, Danilo voltou para o sítio de sua propriedade e com um barco motor, percebeu que o cadáver de Hugo estava visível. Em seguida, o retirou do rio e com uma máquina cerra fita mutilou o corpo em diversos pedaços menores e atirou os restos mortais novamente no Rio Iguatemi.

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