Fim de ano movimenta serviços de hospedagem e ‘pet sitter’ em Campo Grande

Serviços de hospedagem e pet sitter crescem exponencialmente a cada ano

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Aumenta a procura por hotéis e pet sitter no fim de ano (Arquivo Pessoal/ Jennifer Ribeiro, Midiamax)

Quando um ‘pai ou mãe de pet’ programa uma viagem para comemorar as festividades de fim de ano, logo vem à cabeça: como o animalzinho vai se alimentar? E os remédios? Ele vai se sentir sozinho? Como vou saber que está bem?

Essa preocupação é inevitável. A verdade é que o bem-estar do pet sempre será uma prioridade para o tutor e é justamente por isso que os serviços de hospedagem e pet sitter crescem exponencialmente a cada ano.

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Se o cliente ficará 5, 10, 25 dias ou até meses fora, isso não importa. Graças aos hotéis para pets e atendimentos domiciliares – principalmente nos casos de gatos – o tutor pode ficar ausente o tempo que precisar, tendo a garantia de que seu animalzinho está sendo cuidado e aproveitando o período para socializar com outras raças em diversas atividades recreativas.

Hotéis para pets

Conforme Ana Clara, proprietária da creche Personal Pets CG, em 2024, cerca de 60 cães poderão se hospedar na unidade do bairro Tiradentes, que ficará aberta durante todo o período festivo. No entanto, o serviço é gerido por prévio agendamento, principalmente para os pets que nunca frequentaram o espaço.

“Os que já são clientes da creche sabem que têm que agendar com antecipação. Quem não é precisa entrar em contato com a gente para programarmos uma série de avaliações. Primeiro que é obrigatório que os animais estejam vacinados, vermifugados e castrados. Depois, vamos ambientá-los, treiná-los na socialização com outros animais, e prepará-los para os barulhos de fogos. Tudo isso deixará os animais mais confortáveis para o período de ausência da família humana e também, para os barulhos típicos da época”, explica.

Quem tem pet em casa sabe como o momento dos fogos de artifício pode ser caótico. Conforme Ana, nos dias que antecedem o Natal e Ano Novo os animais hospedados passam por um treinamento intensivo que os preparam para esses dias. Uma das atividades é colocar o som de fogos de artifício para os cães ouvirem, enquanto são oferecidos os petiscos favoritos deles. Isso faz com que eles não associem os ruídos a algo ruim.

Já nos dias de viradas, logo que acordam são levados para as áreas comuns da creche para brincar o dia todo. Isso faz com que estejam mais cansados quando chegar o momento de fogos.

“Recolhemos eles por volta das 22h, ligamos o ar condicionado nos quartos e deixamos todos à vontade nas caminhas, sempre acompanhados de uma tutora. Fechamos as portas e janelas, tudo para diminuir ao máximo os ruídos lá dentro. Eles ficam tranquilos. Como preparamos eles para este momento, quase não se incomodam com o barulho”, pontua.

O que levar para os hotéis?

Cada empresa trabalha de uma forma e isso precisa ser esclarecido antes de fechar o contrato. Na empresa de Ana, os tutores podem levar a caminha de casa caso prefiram, mas o local já oferece. Em relação à alimentação, o tutor precisa fornecer apenas a ração e as medicações do animal, caso necessário.

As monitoras ficam responsáveis por acompanhar os cães 24 horas por dia, fazendo revezamento para garantir que todos recebam a atenção devida.

“Muitos preferem dormir com a monitora na cama, principalmente os de porte menor, já acostumados a dormir com os tutores. Colocamos vários tipos de caminha, tudo para eles escolherem a favorita e descansar bem. E claro, sempre mandamos vídeos e fotos para os tutores saberem que estão bem e matarem a saudade do pet”, afirma Ana Clara.

Já em relação à saúde, os tutores precisam deixar as receitas e medicamentos indicados pelo veterinário de confiança da família. Caso seja necessária uma consulta médica inesperada, a empresa se responsabiliza em levar, sempre com a autorização dos responsáveis.

Cuidados no conforto do lar

Embora mais solicitado para lares com gatos, o serviço de pet sitter também está disponível para cães de tutores que preferem mantê-los em casa durante sua ausência. Nestes casos, o profissional vai até a casa do contratante, repõe água e ração, brinca, leva para passear – se for do costume do animal -, medica, se necessário, e envia fotos e vídeos para o tutor.

Bianca Bianchi, é pet sitter há 7 anos e começou neste mercado antes da profissão cair no gosto dos campo-grandenses. Conforme a jornalista, quando começou – bem antes da pandemia -, as pessoas viajavam muito mais, o que possibilitou uma agenda lotada já no começo da profissão. E como a propaganda boca-a-boca não falha, não levou muito tempo para conquistar uma clientela fiel. Tão fiel, que a agenda para o fim de ano em 2024 já está fechada.

“Hoje, além do serviço de pet sitter, também faço hospedagens em casa para aqueles animaizinhos que exigem mais atenção ou não gostam de ficar sozinhos. Faço em casa porque a ideia é justamente que eles fiquem livres, tenham acesso ao quintal e tenham suas rotinas minimamente impactadas com a ausência do tutor”, explica.

Bianca explica que na noite de Natal e Ano Novo leva os cães para o quarto, enche o chão de caminhas e colchões – que ajuda abafar o som -, coloca música, liga o ar condicionado e faz companhia para que eles não se sintam só.

“Existem diversas técnicas que ajudam a acalmar os animais assustados pelos fogos, como colocar músicas clássicas, ou então, no YouTube tem áudios específicos para tranquilizar os pets. Oferecer petisco também pode ajudar, além da técnica de amarração que deixa o animal mais calmo. Tem que prefere a medicação, mas isso é só mediante orientação de um médico veterinário”, pontua.

Mercado em crescimento

Para Bianca, o mercado pet, de modo geral, tem crescido nos últimos anos. A tendência é que isso continue. “Muitas pessoas não sabem se querem ter filho ou quando terão, então adotam os pets e cuidam deles como se fossem filhos humanos, dando o que há de melhor para eles. Foi-se o tempo que cão era animal de guarda. Hoje eles são nossos apoios emocionais. Por isso, os atendimentos a domicílio têm aumentado. Os tutores se conscientizaram das necessidades dos pets e têm investido no bem-estar deles”.

A empresária conta que tem como cliente uma família que há anos não viajava com todos os membros presentes, porque alguém sempre precisava ficar para cuidar do pet da casa. Hoje, com os atendimentos em casa, todos podem viajar com a certeza de que o animal da família será bem cuidado.

“Precisamos lembrar que soltar fogos com barulho é um crime municipal, mas de difícil fiscalização. Isso faz com que muitas pessoas continuem com essa prática. Nessa, muitos animais fogem de casa e são atropelados. Por isso sempre damos um jeito de atender todo mundo. Se minha agenda está lotada, indico colegas minhas”.

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