Se é verdade que “santo de casa não faz milagre”, desta vez um nome forte da gestão esportiva nacional foi ‘importado’ para tentar resolver a questão da sucessão da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. O nome da vez é Julio Brant, ex-conselheiro e ex-vice-presidente do Vasco.

As tratativas aconteceram na manhã desta sexta-feira (19) e envolveu a articulação do governador do Estado, Eduardo Riedel. Para isso, em reunião a portas fechadas, o executivo e dirigentes de diversos clubes estiveram reunidos na Governadoria, para tratar sobre como será a participação de Brant no processo.

Isso poque no horizonte estão duas importantes questões para o futuro da FFMS, que está sob comando do presidente interino Estevão Petrallas. Ele assumiu após a prisão e indiciamento do ex-presidente, Francisco Cezário, em casos de corrupção investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

A interinidade de Petrallas, porém, termina ao final de agosto, conforme estabelecido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Isso fez com que os clubes convocassem uma assembleia extraordinária para a próxima quinta-feira (27).

Assembleia terá pautas polêmicas

Na pauta desta assembleia, além da reforma do estatuto e convocação de eleições. Está prevista ainda votação para destituição dos demais membros da diretoria eleita, como os oito vice-presidentes. Este, porém, não é um ponto pacificado.

Já a reforma do estatuto parece ser, diante de sua urgência, um consenso entre todos. Na última assembleia extraordinária dos clubes, eleita foi uma Junta Governativa, com intuito de propor a minuta do novo estatuto. Sua composição tem presidentes de quatro clubes profissionais e um amador.

Para o presidente do Águia Negra, Iliê Vidal, membro da Junta Governativa, a participação do Governo é importante para alcançar consenso entre os posicionamentos dos grupos.

“As reformas no estatuto devem tratar a respeito de uma nova eleição, se será feita agora ou se evitaremos brigas e questões judiciais, levando para 2027, fim do atual mandato”, destacou Vidal.

Já segundo Brant, um novo estatuto deve dar segurança jurídica para as próximas ações da federação e também trazer profissionalismo para a sua gestão. Além disso, destacou que o texto deve assegurar os processos eleitorais e alternância de poder na Federação.