Dois homens foram presos neste sábado (27) durante uma confusão na Rua Jaci Maria de Azevedo Moro, Bairro Vida Nova, que iniciou após GCMs (Guardas Civis Metropolitanos) recolherem carretéis com linha chilena do local. O caso envolve pedradas, spray de pimenta e até ameaça de morte.

O agente patrimonial do CRAS explicou aos GCMs que crianças, adolescentes e adultos invadiam o Centro para pegar as pipas. Eles foram orientados a não entrarem, contudo, xingaram o agente e até zombaram da idade dele.

Na rua estavam aproximadamente 700 pessoas e algumas participavam de guerra de pipas. Os guardas civis metropolitanos começaram a orientar a população sobre uso de linha cortante, cerol e linha chilena e, inclusive, recolheram três carretéis com linha chilena para serem queimados posteriormente.

Contudo, após a apreensão, os populares passaram a xingar a equipe e até arrancar os carretéis das mãos dos GCMs. Um dos populares passou a se referir aos guardas como “porcos de farda”, “vermes malditos”, dentro outras ofensas. Ele foi orientado a ir embora para casa, mas rebateu ameaçando os agentes de morte.

Ainda, conforme informa a GCM, incentivava os demais presentes a agredirem os guardas municipais, que estavam apenas em dois homens. Um dos agentes deu voz de prisão ao homem, que tentou resistir, mas foi algemado.

Mesmo assim, a população se revoltou contra os GCMs e passou a atirar pedras, garrafas de vidro, pedaços de madeira, chinelo e tijolo. Os agentes utilizaram spray de pimenta para dispersar os agressores.

Nesse momento, uma mulher grávida e esposa do homem preso estava próxima e foi atingida pelo spray. Ela recusou atendimento do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e informou que queria acompanhar o marido à delegacia.

A equipe conseguiu sair do local, mas foram encurralados pela lateral do Cras. Um homem jogou pedras e até o próprio celular contra os agentes, além de ameaçá-los de morte. Ele fugiu do local e ainda não foi identificado.

Um outro homem foi preso após arremessar pedras contra os GCMs e também ameaçá-los de morte, dizendo que, “se não fosse pela arma que o guarda portava, ele iria beber sangue dos agentes”. O homem confessou que estava bêbado, foi algemado e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol.