Para marcar o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho, celebrado todo 27 de julho, a Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul vai oferecer serviços de saúde e jurídicos gratuitamente na próxima sexta-feira, dia 26 de julho, na Praça Ary Coelho.

A iniciativa inclui ações como aferição de pressão e glicemia, assim como oferecimento de orientações jurídicas e de saúde, das 12h às 17h, com o apoio de instituições parceiras.

“Queremos chamar a atenção da população para a saúde e segurança do trabalhador. Afinal, todos precisamos do trabalho e por isso devemos garantir um meio ambiente hígido, livre de acidentes. O trabalho deve ser instrumento de dignificação de todos e não causa de morte e doenças”, afirma a juíza do Trabalho, Hella de Fátima Maeda. 

Processos e acidentes de trabalho

A Justiça do Trabalho em Mato Grosso do Sul recebeu 3.261 novos processos sobre doenças ocupacionais e 2.723 ações referentes a acidentes de trabalho em 2023. 

Segundo a instituição, nos últimos 10 anos foram gastos R$ 387 milhões com auxílio-doença por acidente de trabalho no Estado. A série histórica engloba dados de 2012 a 2021, quando foram destinados R$ 609 milhões para aposentadoria por invalidez por acidente de trabalho em mato Grosso do Sul. 

Campeões em notificação

Dados de 2022 indicam que a cidade com mais notificações de acidentes de trabalho foi Campo Grande, com 41,3%, seguida por Dourados (10,3%) e Três Lagoas (7,04%). Ao todo, no Estado, foram registrados 10 mil acidentes, com 58 mortes, em MS no ano de 2022. 

Em relação à atividade, o setor econômico campeão de notificações é o de atendimento hospitalar. Só em 2022, foram registrados 690 acidentes envolvendo técnicos de enfermagem e 167 com enfermeiros. 

As demais ocupações com mais incidência são alimentador de linha de produção (404 casos), faxineiro (267 casos), motorista de caminhão (250 casos), trabalhador agropecuário (154 casos) e coletor de lixo domiciliar (153 casos). 

Já as mortes por acidentes de trabalho em Mato Grosso do Sul, analisando a série histórica, acontecem principalmente com motoristas de caminhão e de ônibus rodoviário, caldeireiro, soldador, pedreiro, operador de máquinas de construção civil e mineração, e trabalhador volante da agricultura. 

A cada 10 acidentes, sete ocorreram com homens. Entre eles, a maioria dos casos acontece na faixa etária dos 18 a 24 anos, enquanto entre as mulheres, a maior incidência ocorre entre 30 e 34 anos.