A Prefeitura de Campo Grande publicou, nesta terça-feira (2), o aviso de licitação para a implantação do Complexo Hospitalar Municipal. A contratação será feita na modelagem Built To Suit (locação sob demanda), ou seja, o executivo só começará a pagar após a entrega do local, como se fosse um “aluguel” pelo prazo de 20 anos. O documento foi publicado na página 42 do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

O termo de autorização da licitação foi assinado na última segunda-feira (1º) pela prefeita Adriane Lopes (PP). A previsão é que o hospital, no bairro Chácara Cachoeira, fique pronto até 2026. 

Além da construção do prédio, a empresa vencedora da licitação será responsável por entregar o hospital mobiliado e equipado. Os facilities também serão de atribuição da construtora, como os serviços de manutenção. 

Conforme o edital, após o fim do prazo de contratação de 20 anos, o imóvel construído, os mobiliários e equipamentos serão revertidos automaticamente à propriedade do Município de Campo Grande, sem necessidade de qualquer pagamento adicional ou compensação financeira. 

A concorrência eletrônica 011/2024 tem como requisitantes a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) com a interveniência da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos). 

Como será a disputa?

De acordo com o edital, o critério de julgamento adotado será o menor preço da remuneração mensal. O valor mensal máximo estimado para a remuneração pelo período de 240 meses (20 anos) será de pouco mais de R$ 5 milhões (R$ 5.142.403,37).

Os interessados poderão entregar as propostas até às 7h59 do dia 27 de setembro deste ano no Portal de Compras da Prefeitura de Campo Grande. A abertura da sessão de disputa de preços está prevista para às 8h (horário de MS) no mesmo dia. 

Como será o Hospital?

O HMCG terá aproximadamente 15 mil metros quadrados de área construída e funcionará no início da Rua Augusto Antônio Mira, no bairro Chácara Cachoeira.

O hospital será construído com material pré-moldado para reduzir os resíduos durante a produção. A fachada será de 30% de cobertura de vidro e a geração de energia será por placas solares.

Serão 259 leitos, sendo 49 de pronto-atendimento, 20 leitos CTI (10 pediátricos e 10 adultos) e 190 leitos de enfermaria (60 pediátricos, 60 adultos para homens e 70 leitos para mulheres).

Além disso, o HMCG terá 20 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica e adulta. Dentre as salas serão 10 de cirurgia e 53 consultórios.

Dentre os exames serão 19 salas para audiometria, eletrocardiograma, eletroencefalograma, eletroneuromiogia, ecocardiograma, ergometria, hemodinâmica, mamografia, radiografia, ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia, endoscopia e colonoscopia.

O hospital terá 4 pavimentos, sendo subsolo, térreo, primeiro e segundo andares. Além das salas de exames, o local contará com Centro de Diagnóstico e laboratório.

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Área externa (Divulgação, PMCG)

Na área externa ficará a guarita, jardim e estacionamento com 225 vagas (cobertas e ao ar livre).

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Estacionamento (Divulgação, PMCG)

Estimativa de atendimentos em Campo Grande

  • Internações: 1,5 mil ao mês
  • Cirurgias: 1 mil procedimento ao mês
  • Pronto-atendimento: 2,5 mil atendimentos ao mês
  • Consultas médicas: 13,5 mil consultas ao mês
  • Exames de imagem: 13,5 mil exames ao mês

Gastos

A construção terá gasto de mais de R$ 210 milhões. Os custos com mobiliário (móveis, equipamentos médicos e hospitalares) devem atingir aproximadamente R$ 80 milhões.

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Entrada (Divulgação, PMCG)

Já para manutenção de elevadores, jardim, ar-condicionado, segurança, dedetização, etc., a estimativa é de gasto de aproximadamente de R$ 20 milhões ao ano.

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