Em Campo Grande, a Campanha de Vacinação contra a gripe começou oficialmente nesta quinta-feira (21), e muitos moradores saíram cedo de suas casas rumo às unidades de saúde para garantir o imunizante.
A UBS (Unidade Básica de Saúde) Coronel Antonino, por exemplo, abriu por volta das 7h para distribuição de senhas. A vacinação começou às 7h30. Até este horário, 29 pessoas já aguardavam na fila.
Edna Luisa de Rezende chegou à unidade de saúde por volta das 7h e garantiu o 13º lugar na fila. Segundo a moradora, a Campanha é uma oportunidade imperdível. Atualmente com 61 anos, Edna explica que sempre fez questão de se imunizar contra a doença por meio de clínicas particulares, mas já que agora faz parte do grupo prioritário, está aproveitando o serviço gratuito oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“A vacina é saúde para a população, então acho que todos nós devemos procurar uma unidade de saúde para nos vacinar, para que possamos dar saúde também para o resto da população. Quanto mais gente vacinada, mais saúde, menos doença e menos procura nos hospitais e internações”, pontuou ela.
Sebastião Lopes, de 74 anos, também chegou cedo a UBS para garantir o imunizante no primeiro dia de Campanha. Segundo o aposentado, todos os anos ele busca garantir a dose com antecedência.
“Eu acho bom porque pelo menos não dá gripe, mas se dá, é bem fraquinha. A gente tem que se proteger e aproveitar que é de graça. Se tem disponível, não vai tomar por quê?”, pontuou.
Bem animada com o início da Campanha de Vacinação, Adelaide Guimarães Teixeira, de 63 anos, foi a segunda na fila. Para ela, é muito importante que todos os campo-grandenses busquem se imunizar, mas principalmente os idosos.
“A vacina é muito importante para a imunidade dos idosos, então já vim no primeiro dia para garantir. Estou empolgada”, afirmou.
Vacinação em Campo Grande
Mais de 70 unidades de saúde de Campo Grande já iniciaram as vacinações nesta quinta. São 35 mil doses entregues pelo Ministério da Saúde. Podem se vacinar todos os inclusos no grupo prioritário, que inclui crianças de 6 meses a 6 anos, idosos com 60 anos ou mais, gestantes, trabalhadores da saúde e outros.
A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação – A (H1N1); A (H3N2) e B (linhagem B/Victoria) – protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A vacina contra Influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação. Em Mato Grosso do Sul, o público-alvo é composto por 1.148.407 pessoas.
Veruska Lahdo, superintendente de vigilância em saúde da Sesau, explica que a secretaria de saúde recebe as doses escalonadas e, conforme são aplicadas, o Ministério da Saúde vai encaminhando novas doses. Já há previsão para entrega de outros lotes de recebimento para atender todo o público prioritário, que este ano, é de 360 mil pessoas.
“A vacina vem como uma forma de prevenção para as complicações decorrentes da infecção contra o vírus Influenza. Então, todo ano essa vacina precisa ser aplicada, principalmente no grupo prioritário, que tem mais risco de ter essas complicações, óbitos e internação”, explica a superintendente.
Segundo Veruska, o objetivo é atingir uma meta de 90% do público, diferente do ano passado.
“Infelizmente, no ano passado, nós não atingimos essa meta, assim como o Brasil inteiro também não. E essas baixas coberturas realmente nos preocupam em relação a essa prevenção que a gente pode garantir para esse público. O ano passado atingimos pouco mais de 38% desse público e isso é preocupante”, pontua.
A superintendente atribui a não procura pela imunização às informações falsas sobre vacina. “São as notícias falsas, que acabam circulando, que deixam em dúvida toda a população e a gente sempre procura esclarecer que o melhor para tirar dúvida é o profissional de saúde”, esclarece.
A 26ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza segue até o dia 31 de maio no Estado. O ‘Dia D’ de mobilização está previsto para o dia 15 de abril.
Quem pode se vacinar
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
- Trabalhadores da Saúde;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Professores dos ensinos básico e superior;
- Povos indígenas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- Trabalhadores portuários
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.
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