Há 40 dias sem chuva e com queimadas no Pantanal, Campo Grande alerta para a possibilidade de aumentar o número de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Segundo a prefeitura, até terça-feira (26), 162 pessoas morreram da doença em Campo Grande, desde o início do ano.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) destalha que, entre as mortes, 154 eram adultos e 8 eram crianças. No ano, já foram notificados quase 2 mil casos (1.968).

Os quadros de doenças respiratórias se agravam em razão da baixa umidade relativa do ar, período em que os vírus se alastram mais, somados às complicações que o tempo seco causa por si só.

Diante disso, o boletim Infogripe da Fiocruz alerta que Campo grande é uma das 11 capitais do país com probabilidade de aumento de casos da síndrome respiratória aguda grave, a longo prazo. Os principais vírus em circulação são influenza A (H1N1 e H3N2) e vírus sincicial respiratório (VSR).

A superintende de vigilância em saúde do município, Veruska Lahdo, explica que as unidades de saúde seguem fazendo as coletas e monitorando os números na Capital. “A gente monitora 24 horas por dia os números, se estão crescendo os casos ou não, e alertando a população”, pontua.

Sintomas da SRAG

Segundo a Sesau, uma SRAG pode começar com sintomas gripais — tosse, coriza, dor de garganta, dor de cabeça e febre — e evoluir para algo mais grave como dificuldade e desconforto para respirar (falta de ar), dor persistente no peito, saturação de oxigênio abaixo de 95% (quantidade de oxigênio que circula no sangue) e coloração azulada nos lábios ou no rosto.

Vírus Sincicial Respiratório

Há, ainda, o VSR (Vírus Sincicial Respiratório) em circulação, que causa principalmente bronquiolite nos bebês e crianças pequenas. A bronquiolite é uma infecção dos pequenos canais respiratórios dos pulmões e o vírus também pode causar pneumonia.

Uma das principais orientações dos médicos é que as mães evitem expor os recém-nascidos pelo menos até os seis meses, quando o sistema imunológico fica mais resistente às doenças virais.

Não há vacina para prevenir o VSR, mas medidas de higiene são fundamentais como lavar as mãos frequentemente e ainda evitar o contato com pessoas doentes. Apesar de ser mais frequente entre as crianças, o VSR também afeta pacientes de todas as faixas etárias, principalmente idosos e imunossuprimidos.

Vacinação

Para proteger contra outros vírus, influenza A (subtipos H1N1 e H3N2) e influenza B (victória) todas as unidades de saúde de Campo Grande estão vacinando.

A vacina está liberada para todos os públicos acima dos seis meses. Confira os endereços e horários no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/unidades-de-saude-cg/

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