Bia Ferreira voltou a fazer história em Paris 2024 ao garantir o seu segundo pódio nesta quarta-feira (31) – feito que nenhum outro pugilista do Brasil havia conseguido. A atleta já tinha escrito seu nome da história do boxe olímpico em Tóquio 2020 quando conquistou a medalha de prata.

A lutadora se confirmou nas semifinais da categoria até 60kg, ao derrotar Chelsey Heijnen, de Países Baixos, por decisão unânime. Com isso, garantiu o pódio. No boxe Olímpico, todos os semifinalistas garantem ao menos uma medalha, como não há decisão do bronze.

Já a busca pelo ouro, ‘a mãe de todas as medalhas’ como costuma dizer, terá um reencontro na semifinal: a irlandesa Kellie Harrington, que derrotou Bia na final em Tóquio 2020. A luta acontecerá no sábado (3).

Conquista

Bia Ferreira teve domínio absoluto diante de Chelsey Heijnen, com vitória por 5 a 0 na avaliação dos árbitros. Todos deram 10 a 9 para a brasileira, nos três rounds, o que garantiu a soma unânime de 30 a 27 para a medalhista brasileira.

Numa luta aberta, Bia já foi bem mais consistente durante o primeiro round e castigou a adversária nos golpes. Apesar das tentativas de Heijnen em buscar o clinch, a brasileira continuou superior no segundo round e encaminhou a vitória.

A baiana não daria chances nem mesmo para que algum árbitro mudasse de ideia no terceiro round, sem perder o ritmo. Agora, virá a esperada revanche de Bia contra Kellie Harrington.

Bolinha encerra sua participação na primeira luta

Mais cedo, o Brasil contou com a presença de outro pugilista no ringue, Luiz Gabriel Oliveira, o Bolinha. O brasileiro carrega o sangue de Servílio de Oliveira, seu avô e primeiro medalhista do boxe no país, bronze em Cidade do México 1968.

Porém, a estreia Olímpica do jovem de 23 anos se encerrou na primeira luta, derrotado pelo americano Jahmal Harvey por decisão dividida dos árbitros em 3 a 2. A luta valeu pelas oitavas de final da categoria até 57kg masculina.

Durante o primeiro round, Bolinha ganhou por 10 a 9 segundo três árbitros. No segundo, o brasileiro também levou a melhor segundo três juízes. Porém, a virada de Harvey aconteceu no terceiro round, com quatro avaliadores apontando triunfo por 10 a 9. Assim, Harvey teve vitória por 29 a 28 segundo três árbitros, enquanto Bolinha levou a melhor em 29 a 28 para dois.

“Tecnicamente não foi uma luta boa. Foi muita briga, os dois levando muito para o pessoal, esquecendo um pouco a parte técnica e tática, o americano bem faltoso. Aí ficou na mão dos juízes”, comentou Mateus Alves, treinador do Brasil, após o combate.

Esta foi a sexta luta entre Bolinha e Harvey, com a quarta vitória do americano, incluindo as semifinais dos Jogos Olímpicos Paris 2024.