Clewerson Pereira de Oliveira deve ser interrogado por videoconferência. Ele foi preso no Paraná, no domingo (5), uma semana depois de matar a namorada, a cabeleireira Aline Mayara Boni, de 24 anos, em Iguatemi, município que fica a 466 quilômetros de Campo Grande.

Segundo o delegado que investiga o feminicídio, Eduardo Ferreira de Oliveira, como ainda não está definido se ele será recambiado para Iguatemi, está sendo verificado a possibilidade de um interrogatório por videoconferência. 

“Queremos ouvir ele ainda esta semana por conta do prazo”, informou o delegado.

Ainda de acordo com Ferreira, na semana passada foi representada pela prisão preventiva do Clewerson e do comparsa, Rafael Barbosa dos Santos. O pedido foi deferido na sexta-feira (3).

O autor foi preso por equipes da Guarda Municipal de Toledo, no Paraná. Ele tentou fugir e quando abordado mentiu o nome, depois teve a confirmação do mandado de prisão.

Rafael continua foragido. Ele era quem estava na frente da residência na data do crime e deu fuga ao assassino, em uma motocicleta.

Prisão no Paraná

A equipe da GCM fazia patrulhamento no terminal rodoviário no domingo (5) quando abordaram um casal. Durante a abordagem, três homens passaram e ficaram observando o trabalho da Guarda, até que dois deles tentaram fugir quando viram duas viaturas se aproximando de onde estavam. 

Um deles apresentou os documentos e Clewerson se identificou como ‘Jeferson’ dizendo que estava sem documentos. Em consulta não o encontraram. Questionado, ele confessou o nome verdadeiro, quando foi confirmada a fuga de Iguatemi, após feminicídio.

Feminicídio de Aline

Na segunda-feira (29), alguns populares que moram no bairro Waloszek Konrad, onde a vítima foi morta, relataram à Polícia Civil que escutaram quatro tiros e visualizaram o possível autor guardar a arma na cintura e sair de carona em uma motocicleta Honda Titan.

Antes do crime, durante a madrugada, a cabeleireira foi encontrada desorientada, possivelmente sob efeito de drogas. As informações teriam sido repassadas pela própria vítima à equipe médica do PAM (Pronto de Atendimento Médico) municipal, segundo o prefeito da cidade. Outra suspeita é de que Aline estava grávida.

A PM informou que Aline estaria mentalmente perturbada. Na madrugada do dia do crime, uma equipe foi acionada para atendimento de uma ocorrência onde uma mulher havia invadido a casa da solicitante. A equipe deslocou-se ao local e fez contato com Aline Mayara Boni, responsável pela invasão. Conforme registro, ela aparentava estar mentalmente perturbada, o que levou a equipe a encaminhá-la ao PAM da cidade para atendimento médico.

Horas após ser liberada do atendimento médico, às 11 horas do dia 29 de abril, Aline foi morta. Vizinhos chamaram a polícia depois de ouvirem barulho de tiros.

Aline foi assassinada com dois tiros na nuca, com perda de massa encefálica. Ela teria ficado de joelhos ao ser assassinada. Vizinhos ouviram cerca de quatro disparos, logo viram o namorado da cabeleireira saindo do local. Ele ainda teria colocado na cintura uma arma.