Está marcada para esta terça-feira (26) a paralisação de motoristas de aplicativo em Campo Grande para protestar contra o PL (Projeto de Lei) 12/2024, que promete regulamentar o trabalho da categoria. A paralisação pode afetar a oferta de veículos nos aplicativos de mobilidade.
O projeto, que tramita no Congresso Nacional, tem levantado questionamentos entre os motoristas, que alegam que as mudanças diminuirão seus ganhos e não significam melhorias para esses trabalhadores. Membros da categoria têm se dividido sobre o assunto.
Oposição ao projeto
De acordo com um dos líderes da iniciativa em Campo Grande, o motorista Fuad Salamene Neto, os benefícios que o governo oferece serão “engolidos pelo imposto de renda e pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)”.
“O Governo Federal escutou os sindicatos, que são formados na sua grande maioria por sindicalistas de carreira, e não motoristas, deixando os reais interessados fora da discussão. Desta forma criamos uma frente parlamentar, junto com a associação a nível Brasil, onde iremos apresentar uma nova proposta”, explica Fuad.
Isso porque, em Brasília, a Frente Parlamentar dos Motoristas de Aplicativo criou o PL 536/2024, que reúne as propostas da categoria e que essa, sim, representa o grupo, de acordo com seus representantes.
Carreata
“Precisamos derrubar o regime de urgência do PL 12/2024, por isso estamos organizando uma paralisação nacional no dia 26 de março, uma carreta que vai até o aeroporto”, detalha. A concentração será às 9h na Avenida Dr. Fadel Tajher Iunes. O grupo sairá em carreata passando pela Assembleia Legislativa, Governadoria, descendo a Avenida Afonso Pena pelo Bioparque Pantanal, Shopping Campo Grande, seguindo em direção à Praça Ary Coelho até a Praça do Tereré, onde será a concentração final.
