A Polícia Civil concluiu inquérito policial sobre desaparecimento de Nayara Maria da Silva, de 27 anos, vítima de homicídio qualificado, sendo o autor identificado e indiciado pelo delito.

De acordo com a polícia, no decorrer das investigações do desaparecimento, em setembro de 2022, ossada humana foi encontrada dentro de uma fossa de 1,5m de profundidade, em uma caso no Bairro Antônia de Souza Barbosa, em .

Ainda segundo a polícia, a principal suspeita era de que se tratava de Nayara, desaparecida desde dezembro do ano de 2021, a qual foi corroborada com o resultado do exame antropológico realizado pelo IML, de Dourados, que confirmou se tratar de uma ossada humana pertencente a pessoa do sexo feminino com altura e compatíveis com a mulher desaparecida.

Na continuidade do trabalho investigativo, a Polícia Civil obteve informações sobre o paradeiro do suposto pai biológico de Nayara, que estava na cidade de Campina Grande (PB) e, com o apoio da Superintendência de Polícia Científica da 2° Região de Campina Grande no Estado da Paraíba, foi possível a coleta do material genético do homem. O sequenciamento do DNA do suposto pai foi encaminhado ao IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses), de Mato Grosso do Sul, para confrontação genética com os restos mortais encontrados na fossa da residência. Ao ser submetido ao exame, o material genético coletado na Paraíba resultou positivo para inclusão como pai biológico da amostra da ossada humana localizada em setembro de 2022, em Rio Brilhante.

Diante disso e juntamente com demais elementos de prova, como o Auto de Reconhecimento de Objetos, no qual uma tia da vítima reconheceu diversos pertences pessoais que foram encontrados enterrados junto ao corpo, concluiu-se que a ossada humana encontrada era pertencente à jovem, que estava desaparecida.

Concluídas as diligências investigativas, através de depoimentos robustos de testemunhas diversas, a Delegacia de Polícia Civil de Rio Brilhante identificou a autoria delitiva do crime de homicídio, tendo apurado que o suspeito E.R.A., 57 anos, teria ceifado a vida de Nayara em razão de um desentendimento por causa de drogas. Assim, E.R.A. foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, tendo em vista a desproporcionalidade da motivação à natureza do delito, e pelo crime de ocultação de cadáver, pelo fato de ter se desfeito e enterrado de forma total o corpo da vítima.

E.R.A., envolvido no delito, atualmente, encontra-se detido no estabelecimento prisional de Rio Brilhante, pois é acusado de ser autor de outro homicídio ocorrido no ano de 2021 e uma tentativa de homicídio no ano de 2022, na cidade de Rio Brilhante. Ao ser interrogado em sede policial, o indiciado negou os fatos imputados, alegando não conhecer a vítima.