
Parentes e amigos da família da de Emanuellly Vitória Martins, 8, que morreu atropelada no dia 11 de maio de 2016, fizeram uma passeata pedindo mais conscientização e melhoria na sinalização das ruas do Jardim Aeroporto em Campo Grande.
Emanuellly foi atropelada em frente a um supermercado localizado na Avenida Pôr do Sol quase no cruzamento com a Rua Urquiza. Ela, que estava de bicicleta, saía do supermercado, quando foi atropelada por um Renault Clio, com placas de Camboriú (SC).
O manifesto acontece durante o mês da 5ª edição do Maio Amarelo, que surgiu com intuito de alerta em relação à necessidade da redução do número de mortes e feridos graves no trânsito.
“No ano passado nós também fizemos uma passeata no bairro. A sinalização é muito precária, a gente pediu uma faixa de pedestre elevada em frente ao supermercado e até agora colocaram um quebra-molas normal na pista contrária”, diz Marcos Aldana, 45, pai de Emanuelly.

O presidente do bairro, Josafá Albuquerque, também comentou sobre a falta de sinalização, principalmente a horizontal, nas ruas do bairro. “Neste quadrilátero aqui, nós temos dois Ceinfs, escola e posto de saúde, tem muita gente e muita criança aqui”, disse.
A véspera do Dia das Mães, Marcos relata como ainda é muito difícil para a esposa, a professora Márcia Aldana, 43, em relação ao ocorrido. “O dia começava com ela, a caçula, e termina em prol dela”, lembra Marcos. Além de Emanuelly, o casal tem uma filha de 25 anos e um adolescente de 17.
Acidente
Emanuellly tinha saído do supermercado Nunes e voltava para casa. Segundo a polícia na época, no momento do acidente, Emanuelly voltava para casa de bicicleta, e, ao tentar cruzar a via, foi atingida pelo carro.
Um veículo de transporte de valores estava estacionado em frente ao mercado, do lado direito e um outro carro de passeio, um pouco antes, estava estacionado do lado esquerdo, ao lado do canteiro. Com o impacto, a menina não resistiu e morreu no local.
“Faltou conscientização do motorista que estacionou de forma irregular no lado esquerdo. Já em relação ao carro-forte, acho que supermercados e outros estabelecimentos tinham que ter ao menos um local para eles estacionarem”, disse o pai.
Em relação ao causador do acidente, Marcos disse que ele não estava alcoolizado, porém a perícia apontou que estava acima dos 60 km, permitido na via. No último dia 25 ocorreu a última audiência sobre o acidente e agora o juiz irá decidir se irá punir ou não o motorista.