Nostalgia e utensílios antigos marcam feira do Carandá neste domingo

Até bolinhas de gude podem ser encontradas no local

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Até bolinhas de gude podem ser encontradas no local

Todo 3º domingo de cada mês, o Bosque da Paz, Praça do bairro Carandá Bosque, é cenário da feira ‘Amigos da Fronteira’ – iniciativa do grupo ‘mães da fronteira’ -. Neste domingo (19), céu claro e a atmosfera de paz – um dos objetivos do projeto – uniram-se a uma série de utensílios antigos, comercializados no local. O clima de nostalgia, com diversos objetos ‘do tempo dos nossos avós’ é destacado até nas bolinhas de gude, que marcaram a infância de muitas pessoas em todo o Brasil.

Josué de Almeida, 53, caminhava pela feira e se deparou com a barraca onde são vendidas as ‘bolitas’ de gude. Cheio de nostalgia, ele relembra da brincadeira, hoje deixada de lado pelas crianças. Crianças nem sabem mais o que é isso, me dá muita nostalgia, é um saudosismo gostoso. A gente lembra quano era criança e nossa maior preocupalção era juntar essas bolitas”.

Dono das bolinhas de gude, PLínio Martins contou que são objetos raros, da década de 1970. Antes, muito caras, de acordo com ele, hoje custam apenas R$0,50. Além das bolinhas, ele também mostrou, orgulhoso, um acervo de vinis que contam, através de música, toda a história de Mato Grosso do Sul.

Marcelo Santos da Rosa fala de si como ‘colecionador de relíquias’. Marcelo, ainda assim, enxerga relíquias onde muitos não veem. Isso porque muitos objetos que ele levou a feira neste domingo foram encontrados descartados, no lixo. O colecionador – que contou sobre a necessidade de se desfazer de diversos objetos que se acumulavam em casa – mostra uma banca com armações inglesas e japoneses, da década de 1970 e 1980. Os objetos podem ser adquiridos a partir de R$ 30,00.

Até um boneco raro do mestre Yoda – clássico para o fãs de Star Wars (Guerra nas Estrelas) – foi encontrado no lixo. Marcelo pesquisou e descobriu que o boneco chegou a ser vendido por R$ 20 mil. Para ele, as pessoas descartam por serem desapegadas e muitas vezes jogam foram coisas que ainda apresentam utilidade ou aparelhos que funcionam.

Discos, objetos de decoraçõa e até culinária ‘com jeitinho de família’ também marcam o encontro marcado dos ‘amigos da fronteira’, que começou às 9h e se estende até às 14h. Lilian Gobbo, uma das apreciadoras do evento, avalia que o encontro representa uma mudança na rotina, ao fugir do ‘consumo’, natural em passeios como idas até Shopping, e celebrar a ocupação de um espaço que antes não tinha nada.

“É um incentivo ao trabalho, aos artisitas e é uma prática saudável”, complementa ela.

 

 

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