Funai inicia processo de identificação de terra indígena na fronteira

Estudos também serão feitos no Pará, Paraná e Amazonas

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Estudos também serão feitos no Pará, Paraná e Amazonas

Nesta terça-feira (19), foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) um despacho do presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), João Pedro da Costa, em que fica determinado o reconhecimentos de estudos para delimitações de T.I.s (Terras Indígenas) no Pará, Mato Grosso do Sul, Paraná e Amazonas.

A terra demarcada em MS é a Ypoi/Triunfo, de ocupação do povo Guarani Ñandéva, localizada no município de Paranhos, no sul do estado, a 466 km da capital. A área estava em processo de retomada desde abril de 2015.

A comunidade já foi alvo de várias violações. Em 2009, houve ataques de milícias. Em 2012, o córrego que corta a aldeia, única fonte de água dos indígenas, foi contaminado com veneno. Na época, o MPF ( Ministério Público Federal) ajuizou ação para garantir o abastecimento de água para a comunidade.

Em outra ocasião, a população foi aprisionada por 100 dias em um cerco promovido por latifundiários da região, ficando sem acesso a serviços básicos como saúde e alimentação. O cerco só foi desfeito após ação judicial.

Os outros estudos de demarcação publicados devem ocorrer nas terras de Sawre Maybu, da etnia Mundukuru, no Pará; a Sambaqui, dos Guarani Mbyá, no Paraná; e a terra Jurubaxi-Téa, no Amazonas, reivindicada pelos povos Baré, Tukano, Baniwa, Nadöb, Pira-Tapuya, Arapaso, Tariana, Tikuna, Coripaco e Desana.

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