Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (4), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel (PSDB) apresentou aos deputados estaduais os detalhes do projeto de PPP (Parceria Público-Privada) para o HRMS (Hospital Regional de Campo Grande), que deve ser levado a leilão no segundo semestre deste ano.
O deputado Pedro Pedrossian Neto (PSD), vice-líder do Governo na Casa de Leis, que estava presente na reunião, classificou a proposta como ambiciosa e destacou que o debate girou em torno de conceitos e modelagem de gestão, sem a definição de prazos exatos para o leilão, embora tenha sido mencionada uma previsão para setembro.
Segundo o deputado, o projeto prevê a reforma completa do atual prédio (chamado de ‘retrofit’) e a construção de dois novos blocos hospitalares, totalizando 71.337 m² de área e ampliando a capacidade de atendimento para 577 leitos, frente aos cerca de 350 existentes atualmente.
“O projeto modifica a forma de gestão do hospital. Discutimos a divisão entre a chamada bata branca e bata cinza”, explicou Pedrossian Neto. Ele detalhou que a gestão clínica, composta por “bata branca”, que envolve médicos, enfermeiros, técnicos e fisioterapeutas, continuará sob responsabilidade do Estado, com profissionais efetivos e concursados.
Já a gestão da estrutura e serviços de apoio (bata cinza) será transferida para a iniciativa privada. Isso inclui limpeza, manutenção predial, fornecimento de materiais hospitalares, telefonia, alimentação, utilidades e serviços gerais. “Toda a parte de hotelaria hospitalar ficará sob responsabilidade do parceiro privado”, disse o parlamentar.
O valor estimado de investimento (Capex) é de R$ 954 milhões, enquanto o custo operacional anual (Opex) deve girar em torno de R$ 158 milhões. A modelagem da PPP ainda está sendo finalizada com apoio técnico do Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE).
O parlamentar disse que o modelo adotado em MS poderá se inspirar em referências nacionais, como o Hospital do Subúrbio, em Salvador, onde a PPP integra gestão clínica e operacional sob um mesmo contrato.
Na reunião estavam o governador, os deputados estaduais, além do secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, e da equipe do EPE.
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