O candidato Clécio Luís (PSOL) derrotou o atual prefeito de Macapá e candidato à reeleição, Roberto Góes (PDT), no segundo turno, realizado neste domingo (28), em uma vitória com importância histórica para o PSOL, que viu, em 2012, pela primeira vez, a conquista de uma prefeitura de capital.

A vitória de Clécio o fortalece como “o novo nome da esquerda” no Estado, apesar de a aliança no segundo turno com o DEM, o PSDB e o PTB ter sido muito criticada por partidos de esquerda e provocado um racha interno.

Clécio conseguiu reverter o resultado do primeiro turno, em que recebeu 27,89% dos votos (equivalente a 56.947 votos) contra 40,18% (82.039) de Góes. No segundo turno, a disputa ficou mais apertada. Pesquisa do Ibope divulgada na segunda-feira (22) mostrava Góes com 45% das intenções de voto ante 41% de Clécio.

Com a guinada na campanha, o PSB decidiu sair da neutralidade e apoiar Clécio na tentativa de evitar que Góes, que responde a processos na Justiça, vencesse. Num primeiro momento, o partido, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno com a candidata Cristina Almeida (que obteve 16,54%), havia se recusado a apoiar o PSOL por conta da aliança com partidos mais conservadores.

O prefeito eleito contou ainda com o apoio do senador Randolfe Rodrigues (PSOL), em evidência por conta da CPI do Cachoeira, que investiga a ligação entre parlamentares e empresários com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

O psolista também conseguiu contornar uma polêmica no Twitter em que uma pessoa que identificou como sua mulher, de quem estaria se separando, dizia ter apanhado dele. O candidato não chegou a se manifestar sobre o ocorrido.

Natural de Belém (PA), Clécio, 40, formou-se em geografia e hoje é vereador de Macapá pela segunda vez. Antes, foi secretário estadual de Educação e, em 2006, saiu candidato ao Governo do Amapá, quando obteve 3% dos votos. Seu vice é Allan Sales (PPS).