Com isso, o Sinmed desmente afirmações de que profissionais da saúde seriam culpados
O Sinmed – MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) afirma que o remanejamento de profissionais da saúde, pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), não deveria estar ocorrendo justamente durante uma epidemia de dengue. Além disso, o sindicato distribuiu avisos à população, nas unidades de saúde da Capital, informando que a demora no atendimento é culpa o poder público, pois, segundo o Sinmed, a Prefeitura estaria jogando o povo contra os médicos.
Nos cartazes, espalhados pelas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da Capital, há trechos que destacam a ausência de colaboração do poder público, pois está faltando medicamentos e leitos hospitalares. Tudo isso, para o Sinmed, contribuí para a demora no atendimento. No fim dos avisos, há a seguinte frase: “queremos esclarecer, mais uma vez, que a culpa de todos esses problemas não é nossa, pois também sofremos com o descaso”.
Em muitos casos, a espera por atendimento chega a durar 5 horas. Isso já causou, inclusive, brigas e agressões entre população e funcionários da saúde.
O presidente do Sinmed, Valdir Shigueiro Siroma, reforça que o remanejamento de médicos e enfermeiros, que está sendo promovido pela Sesau, não deveria ser feito justamente em uma época crônica. “Não deveriam estar fazendo isso justamente nesta época de surto de dengue. Esse planejamento deles está muito falho. Não justifica dizer que está faltando dinheiro, pois todos sabem que saúde está em primeiro lugar. É a mesma coisa alguém dizer que vai deixar de comprar alimentos, não é possível, pois também é prioridade”, destaca.
Outro lado
Em contrapartida, a Sesau afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que essa demora no atendimento à população não deveria estar acontecendo, pois o remanejamento foi feito de forma planejada e estudada.
Ademais, a Sesau afirma que esta espera por atendimento vai ser investigada pela secretaria a fim de descobrir qual seria a causa do caos na saúde.
Para solucionar o problema, a Sesau destacou que está contratando, frequentemente, médicos de forma simplificada. Trata-se de um processo seletivo sem que seja preciso abrir concurso público.