Cientistas portugueses descobrem especificidades genéticas do vírus ebola

A novidade, segundo detalhou a UA em comunicado, está no método empregado

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A novidade, segundo detalhou a UA em comunicado, está no método empregado

Um grupo de pesquisadores portugueses encontrou sequências de DNA específicas do vírus do ebola, uma descoberta que poderia ajudar no diagnóstico e tratamento da doença.

Raquel Silva, uma das cientistas que participaram da pesquisa, explicou à Agência Efe nesta segunda-feira que as sequências de DNA identificadas são “um bom alvo para focar o diagnóstico, e, do ponto de vista do tratamento, para investigar o desenvolvimento de anticorpos”.

O trabalho dos especialistas em biologia computacional da UA (Universidade de Aveiro), no norte de Portugal, foi publicado primeiro na revista “Bioinformatics”, no segundo trimestre deste ano, e agora está sendo divulgado por essa instituição.

Os cientistas compararam, com a utilização de computadores, as sequências de DNA do vírus, especificamente o que se alastrou por alguns países africanos em 2014, com o genoma humano, o que serviu para localizar as regiões específicas das sequências de DNA deste surto de ebola.

A novidade, segundo detalhou a UA em comunicado, está no método empregado, já que os procedimentos informáticos utilizados permitem descrever um genoma usando informação de outro genoma.

Raquel explicou que a equipe analisou todas as sequências disponíveis de diferentes espécies do vírus do ebola e encontrou as partes de DNA comuns a todas elas, e as específicas do surto atual.

A Universidade de Avieiro informou que os resultados obtidos terão que esperar que estudos adicionais em laboratório possam determinar sua eficácia.

O surto mais recente de ebola surgiu na Guiné, no final de 2013, e se estendeu por países como Serra Leoa, Libéria e Nigéria.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima, em seus dados mais recentes, que desde o surgimento do atual surto do vírus morreram mais de 11 mil pessoas e aproximadamente 27 mil casos foram diagnosticados.

Conteúdos relacionados