Após Estatuto da Criança e do Adolescente país reduz mortalidade infantil em 24%
Atualmente a taxa de mortalidade é de 12 para cada mil nascidas vivas
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Atualmente a taxa de mortalidade é de 12 para cada mil nascidas vivas
Após a sanção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), há 25 anos, o Brasil conseguiu reduzir em 24% as mortes de crianças antes de 1 ano de idade. Levantamento feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base em dados do Ministério da Saúde, mostra que a taxa passou de 50 para cada mil crianças nascidas vivas, no final da década de 1990, para 12 atualmente. O número se aproxima do previsto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que são 10 mortes para cada mil nascimentos.
“No tema mortalidade infantil, o Brasil fez um grande avanço e o [ECA] salvou a vida de muitas crianças, garantindo seu desenvolvimento”, afirmou à Agência Brasil o coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef, Mário Volpi.
A redução da mortalidade infantil, segundo o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos em São Paulo, o advogado Ariel de Castro, deve-se às previsões do estatuto, que tratam do direito à saúde, do atendimento à gestante, da prioridade que deve ser dada à saúde da criança, ao pré-natal e aos cuidados no pós-parto.
“Trata também da prioridade que a rede de saúde tem que dar na assistência maternoinfantil, isso foi aprimorado pelo estatuto. A partir de programas como o Saúde da Família, do reforço da pediatria nos hospitais e unidades básicas de saúde conseguimos melhorar os índices, bem como as políticas de saneamento básico”, explicou Alves.
Já na educação, conforme dados do Ministério da Educação (MEC), mais de 98% das crianças estão matriculadas no ensino fundamental e 85% dos adolescentes têm acesso ao ensino médio. “Esse aumento quantitativo se deu exatamente em razão da atuação dos conselhos tutelares, criados pelo estatuto, das entidades da sociedade civil, que exigiram as vagas com base no que prevê o ECA quanto ao dever do Estado de garantir a educação para essa parcela da população”, disse Ariel Alves.
Adoção
Para o promotor de Justiça e de Defesa da Infância e da Juventude do Distrito Federal Anderson Pereira de Andrade, outra conquista do ECA foi o aperfeiçoamento do sistema nacional de adoção. Segundo ele, as regras estabelecias pelo estatuto melhoram a preparação das famílias interessadas na adoção, além de acelerar o processo.
“Antigamente, as pessoas tinham ideia de que adoção era para dar uma criança à família que não tem. O ECA veio dizer que não. Veio dizer que a adoção existe para dar à criança uma família que ela não tem. Então o foco do interesse mudou. O interesse deixou de ser da família para ser da criança”, explicou o promotor que atua na área cível há 30 anos.
A partir do ECA, acrescentou Andrade, foi criado o Cadastro Nacional de Adoção em sintonia com os cadastros dos estados. “Hoje as famílias interessadas podem consultar, regional ou nacionalmente, se tem uma criança que pode ser adotada dentro do perfil desejado. Esse cadastro nacional de adoção, que é domiciliado no CNJ [Conselho Nacional de Justiça], também é uma ferramenta muito importante de defesa do direito da criança e do adolescente”.
Notícias mais lidas agora
- Flagra da semana: Passarela de macacos atrás de condomínio de luxo chama atenção em Campo Grande
- Criança de 10 anos morre depois de ser atropelada por motorista bêbado em MS
- Família voltava de Campo Grande para Corumbá quando sofreu acidente em que menino morreu na BR-262
- Motorista de aplicativo foge com entrega de cliente em Campo Grande
Últimas Notícias
Governo proíbe apostas e publicidade do ramo em jogos da copinha
A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda proibiu apostas envolvendo partidas do torneio
Chuvas ‘enchem’ rios que cortam MS e nível do Rio Paraguai atinge o dobro da cota de seca
Durante seca severa, Rio Paraguai chegou a 69 centímetros abaixo da cota zero em 2024
Polícia procura outros dois envolvidos no roubo de caminhonetes com morte de adolescente no interior de MS
A vítima estava em um churrasco quando foi morta
Multimedalhista olímpica, Mayra Aguiar anuncia aposentadoria do judô aos 33 anos
O anúncio veio por meio das redes sociais da atleta
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.