Investidores latino-americanos estão cada vez mais otimistas em relação às criptomoedas. Segundo um relatório divulgado pela Binance em parceria com a Sentiment, cerca de 95% dos participantes na América Latina planejam ampliar suas reservas de ativos digitais nos próximos doze meses. No Brasil, essa empolgação fica clara quando olhamos para dados de mercado.
De acordo com números citados pela Receita Federal, em 2023 houve um enorme crescimento nas declarações de impostos que incluem criptomoedas, indicando maior adoção e confiança por parte dos brasileiros. Isso acompanha a tendência observada em toda a região, onde o potencial de valorização e a liberdade financeira oferecida pelos criptoativos são vistos como grandes vantagens.
Um dos fatores que reforçam esse entusiasmo é a diversidade de usos para as criptomoedas, que vão além do investimento clássico. Não para de crescer, por exemplo, o número de plataformas de entretenimento baseadas em blockchain. Os crypto casinos oferecem aos usuários a possibilidade de apostar e jogar de forma descentralizada.
Integrando, assim, a tecnologia cripto a atividades de lazer. Há também um avanço nas soluções de pagamento e na integração com os chamados pares locais, tornando possível converter cripto para moedas fiduciárias sem grandes obstáculos. Em paralelo, muitos investidores brasileiros prestam atenção aos passos das autoridades monetárias.
O Banco Central do Brasil, que mantém informações atualizadas sobre moedas digitais e regulações financeiras, sinaliza que o uso de tecnologia para pagamentos instantâneos e transações transfronteiriças tende a crescer nos próximos anos. Por isso, além dos usuários pessoa física, também há maior interesse por parte de empresas e instituições na adoção de criptomoedas.
Seja para proteção de valor em cenários de inflação ou para diversificar a carteira de investimentos. O ritmo de adesão de novas pessoas ao mercado cripto no país acelerou muito, com investidores buscando alternativas além do tradicional mercado de ações. Muitos veem as criptomoedas como uma forma de proteger suas economias das flutuações cambiais.
Embora a volatilidade ainda seja um fator de risco, pesquisas mostram que a maioria dos compradores de criptos na América Latina já está ciente de como o sobe e desce dos preços pode afetar seu patrimônio. Além disso, segundo dados compartilhados por grandes corretoras e exchanges, cerca de 40% dos entrevistados têm intenção de adquirir mais ativos digitais nos próximos três meses.
E 15% pretendem fazê-lo em um semestre. Esse otimismo também aparece em entrevistas com analistas de mercado, que apontam um ambiente de maior regulação e transparência, favorecendo o ingresso de players institucionais no ecossistema cripto. Com as regulações avançando, a projeção é que a América Latina chegue a novos recordes de adoção em 2025.
No Brasil, essa expansão não apenas fortalece o mercado de criptomoedas, mas também abre oportunidades em diferentes segmentos, de plataformas de jogos a serviços de pagamentos digitais. A expectativa geral é que, ao longo dos próximos meses, mais brasileiros passem a integrar este universo, impulsionando ainda mais o crescimento cripto na região e consolidando a América Latina como um dos polos mais promissores no cenário global.