Reciclar, buscar informações sobre a cadeia de produção e procurar alternativas sustentáveis são práticas de consumo consciente que estão crescendo na Indústria Alimentícia e, aos poucos, vêm ganhando espaço também na Indústria Têxtil – a segunda maior indústria do mundo e que inclui também a Indústria da Moda.

Quem nunca abriu o guarda-roupa lotado de roupas e pensou: não tenho nada para vestir? Quando isso acontecer é importante sempre parar e analisar. Será que realmente preciso de algo novo? Para que essas dúvidas não sejam constantes, reflita sobre o consumo consciente. Assim, você pode apostar em itens que serão mais duráveis, menos descartáveis e que combinem realmente com seu estilo.

Segundo a coordenadora do curso de Design de Moda Manuela Alécio existe uma série de formas de pensar consciente e mesmo assim estar dentro da moda. “Além de brechós, existe também a prática do troca-troca. As pessoas podem se juntar com os amigos e trocar peças de roupa entre si. Esta prática, além de permitir que você tenha uma peça de roupa nova, ainda possibilita uma maior aproximação entre as pessoas, o que é extremamente saudável nesse momento onde as relações só são regidas pela era digital”, analisa.

Manuela é coordenadora do curso de Design de Moda da Faculdade Camões e acredita que já há uma maior consciência sobre a melhor maneira de consumir moda. “As pessoas estão percebendo que o consumo exagerado não é a mais necessário. Além do reaproveitamento das peças que já existem no guarda-roupa, elas também estão se preocupando com aspectos da produção. Brechós e o troca-troca estão cada vez mais se tornando uma tendência”, explicou.

A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo. A maioria dos tecidos levam anos para se decompor no solo. O couro e nylon, por exemplo, demoram em torno de 50 anos para se decompor de maneira completa. Por conta desse fator, começou a se fortalecer um movimento de repensar o papel da moda e buscar opções ao hiperconsumo e à hiperprodução para diminuir este impacto e viabilizar modelos alternativos de negócios, criando novas relações entre o vestir e o consumir.

Desde pequena o sonho de Laís Soledade, 21 anos, sempre foi trabalhar com moda. Porém, todos a sua volta sempre a desestimulavam dizendo que essa seria uma carreira sem futuro. Com o passar do tempo e à medida que foi formando as suas próprias opiniões, ela decidiu que seria a hora de investir na realização desse sonho. Hoje, Laís está na terceira formação na área de moda e é adepta do consumo consciente.

A estudante adora brechós e bazar. Participante ativa desse modelo de consumo consciente, ela sempre compra desse forma e aproveita também para vender algumas peças que para ela não servem mais. “Antes de jogar uma roupa fora, é muito importante que você analise se aquela peça não serve para outra pessoa”, aconselha. Segundo Laís, os brechós eram vistos como lugares que só vendiam roupas velhas e feias. “Hoje todo esse conceito foi reformulado e grandes empresas já enxergam esse tipo de consumo”, acrescenta.

Formada em Consultoria e produção de moda, processos de estamparia e Personal Stylist, Laís defende a importância desse modelo. “As pessoas precisam se atentar mais a todo o processo de compra, venda e descarte das peças de roupa. É importante analisar desde a compra da peça, se questionando de onde ela foi feita, por quem ela foi feita e de que forma aquela roupa pode ou não ser descartada para poder ter um fim útil e não gerar apenas lixo”, concluiu.

Quer estar na moda e fazer isso de forma consciente?

Comprar peças mais baratas e que durem mais é a primeira coisa a ser repensada. Como as roupas são mais baratas, a tendência é se comprar mais e não fazer uma análise do que realmente é necessário. O que acaba acontecendo é ter muitas peças que nunca são combinadas com nada e se perdem no guarda-roupa. O importante é optar pela qualidade e não necessariamente pelo preço.

Na hora de comprar, não se deve escolher qualquer peça. Não é toda roupa que será um bom investimento. A qualidade do tecido, caimento no corpo e qualidade da costura são aspectos importantes. É necessário avaliar também o que você precisa e vai querer usar no seu trabalho e nas horas de lazer. Essa avaliação é uma atitude de consumo consciente.

Quando você vai comprar uma roupa você pensa no número de vezes que vai utilizá-la? Isso é importante também. Às vezes, uma roupa custa até mais caro, porém se for uma calça jeans, que vai ser bastante utilizada, será um bom investimento. Mas não se esqueça de lembrar das outras dicas. A peça precisa ter qualidade e garantir maior tempo de uso.

Seu desejo é seguir a carreira de design de moda?

O designer de moda é um profissional capacitado para criar, desenvolver e comercializar roupas e acessórios. O designer também pode produzir eventos de moda e lidar com o fornecimento de matéria-prima para a produção das peças. Durante o curso, o aluno aprende a aliar o conhecimento das artes, ciência e tecnologia, o que permite que o estudante possa atuar em diversas áreas desse amplo mercado.

Você se veste super bem, é a personal stylist das amigas e programa algum te agrada mais do que fazer compras ou procurar referências das últimas tendências de roupas? Já é um ótimo começo pra seguir a carreira de moda. Mas é só o começo. Trabalhar nesse mundo exige muito estudo e dedicação. Porque você não começa se matriculando na graduação de Design de Moda? O Educa Mais Brasil oferece até 70% de desconto para esse e outros cursos. Não perca tempo, acesse o site do Educa Mais e faça sua inscrição. É gratuita.

 

Fonte: Bárbara Maria – Ascom Educa Mais Brasil