Há 35 anos, marcenaria transforma lixo e casas velhas em obras de arte

Buscando se diferenciar pela qualidade irretocável e relacionamento próximo com os clientes

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Buscando se diferenciar pela qualidade irretocável e relacionamento próximo com os clientes

A aparência inicial do galpão onde está instalada a Rustico’s Marcenaria tem realmente um aspecto desarranjado, mas o resultado final dos móveis de madeira de demolição e de chapa de fibra de madeira de média densidade (MDF) em nada tem a ver com essa primeira impressão. Não poderia ser diferente: são seis irmãos, um filho e mais três funcionários trabalhando sem parar com todos os tipos de madeira para atender aos pedidos de lojas e pessoas físicas que não param de chegar.

Conforme o fundador do negócio, Diram da Silva Nunes, 56 anos, já são 35 anos fabricando os mais variados modelos de móveis para a população de Campo Grande e ajudando a reciclar materiais que, do contrário, acabariam no lixo. Uma das primeiras marcenarias da cidade a trabalhar com madeira de demolição, antes de se tornar moda, ele conta que a realidade era muito diferente: “Comprávamos casas velhas inteiras e nossa família toda trabalhava na demolição para depois fabricarmos as peças, criando obras de arte”.

O filho de Diram, Phillipi de Oliveira Nunes, 22 anos, que cresceu dentro da marcenaria e também trabalha no negócio, conta que, depois da demolição, a família procurava assistir a filmes europeus em busca de inspiração para criar os modelos de móveis que produzia. “Muita gente hoje tem móveis bonitos e que vão durar décadas graças a esse trabalho que sempre realizamos”, enfatiza.

Nos últimos anos, no entanto, esse cenário mudou bastante, segundo Phillipi. O empresário observa que se tornou muito difícil e caro trabalhar com madeira de demolição, e esses móveis custam caro por serem de madeiras nobres, que não podem ser mais comercializadas. Parasuprir essa demanda, agora são usados outros materiais que também poderiam parar no lixo se não fosse a habilidade dos marceneiros, como sobras de construção, por exemplo.

Mesmo assim, ele garante que não falta serviço ao empreendimento, tanto que dele vivem 10 famílias inteiras. O negócio é composto por um grande galpão e um espaço para amostra dos móveis no Bairro Rita Vieira e uma loja na Rua Miguel Couto, em Campo Grande. Na loja, são comercializados somente produtos em MDF. “Temos sempre muitos clientes porque trabalhamos para atender e satisfazer o gosto e as necessidades de cada um, construindo uma relação de confiança e até de amizade mesmo”, diz.
Na opinião de Phillipi, além de buscar sempre uma qualidade irretocável, é fundamental manter esse relacionamento que seu pai e tios possuem com os clientes, sendo que muitos são fiéis desde o início do empreendimento, o que é essencial para diferenciá-los das grandes redes e marcas. Em alguns casos, são realizadas até mesmo trocas de serviço por madeira antiga, beneficiando tanto o cliente que recebe novos móveis, quanto o negócio que recebe a matéria-prima e o meio ambiente. 

Compre do Pequeno

O Movimento Compre do Pequeno Negócio, lançado pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), busca estimular a comunidade a consumir cada vez mais seus produtos de micro e pequenos empreendimentos, chamando a atenção para a importância deles para a economia local, com a geração de emprego e renda.

Se você é um pequeno comerciante como a família de Diram e Phillipi, participe do movimento e ajude a difundir a importância dessa escolha para a economia de seu bairro ou região. 
Acesse www.compredopequeno.com.br e cadastre-se gratuitamente para receber o material.

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