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Transparência

Mineradoras entram na mira do MP após vítimas relatarem doenças em MS

Problemas relatados passam por irritação nos olhos, sangramentos nasais, coceiras na pele até aumento de doenças respiratórias e cutâneas
Fábio Oruê -
transporte ladário
Transporte de minério de ferro em Ladário (Reprodução, MPMS)

O MPMS (Ministério Público de ) quer identificar as mineradoras responsáveis pelos caminhões de minério de ferro que estão passando em rua de e deixando várias doenças ‘no rastro’.

Inquérito foi instaurado para investigar se transporte de minério provoca doenças respiratórias em região do município. O promotor de Justiça Pedro de Oliveira Magalhães quer identificar as mineradoras responsáveis pelo transporte de minério no trecho.

Assim, Magalhães quer identificar as empresas para elas efetuarem a compensação dos danos ambientais à comunidade afetada. A deve ser paga para Prefeitura de Ladário, que, por sua vez, deve destinar os valores a projetos que beneficiem aqueles moradores.

Além disso, o promotor quer verificar a possibilidade do Governo de MS, por meio de ajustamento de conduta, pavimente a via que é o ‘trajeto do ferro’.

Na quinta-feira (27), o promotor de Justiça se reuniu com o prefeito de Ladário, Munir Sadeq Ramunieh (), e com o procurador-geral do Município para tratar possíveis soluções para o problema.

Extração do minério de ferro em MS – Ilustrativa (Chico Ribeiro, Jornal Midiamax)

Tráfego intenso de caminhões

Moradores denunciaram poeira excessiva, ruídos intensos e aumento de doenças respiratórias. Em ofício, com mais de 30 assinaturas, enviado à 2ª Promotoria de Justiça de , moradores de Ladário descreveram os transtornos causados pelo transporte de minério.

O inquérito, assinado pelo Promotor de Justiça e titular da 2ª Promotoria de Justiça de Corumbá, Pedro de Oliveira Magalhães, destaca que entre os problemas relatados, estão a irritação nos olhos, sangramentos nasais, coceiras na pele e aumento de doenças respiratórias e cutâneas, devido à falta de umidificação adequada da via.

Um laudo pericial realizado pelo Núcleo Regional de Criminalística comprova as denúncias dos moradores. O documento constatou a presença de poeira excessiva, mesmo após a aplicação de aspersão de água, que resultou na formação de lama na via.

Além disso, o laudo apontou que o tráfego intenso de caminhões gera ruídos elevados, potencialmente acima dos limites estabelecidos pelas normas ambientais.

Os principais pontos do laudo pericial:

  • Poeira: A dispersão de poeira afeta a visibilidade e causa acúmulo de partículas nas residências próximas, impactando a qualidade do ar e a saúde dos moradores.
  • Lama: A aspersão de água, utilizada para mitigar a poeira, gerou excesso de umidade e formação de lama, dificultando o tráfego e aumentando o risco de acidentes.
  • Poluição Sonora: O tráfego intenso de caminhões produz ruídos elevados, que podem causar estresse, distúrbios do sono e problemas auditivos.
  • Impactos na saúde: A exposição prolongada à poeira pode causar doenças respiratórias, irritação ocular e agravar quadros de asma e bronquite.
  • Impactos no meio ambiente: A deposição de partículas na vegetação pode comprometer a fotossíntese, e o carreamento de sedimentos pode afetar cursos d’água próximos.

Diante dos indícios de danos à saúde e ao meio ambiente, o MPMS determinou a realização de perícia na região e oficiou o município de Ladário para prestar informações sobre o caso. A investigação busca apurar as responsabilidades e adotar medidas para garantir a proteção da população e do meio ambiente.

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