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Transparência

Justiça suspende ação contra Nasa Park após acordo de R$ 1,3 milhão com vítimas

Rompimento de barragem causou tragédia ambiental
Gabriel Maymone -
Represa era irregular e secou após rompimento da barragem em agosto de 2024 (Foto: Defesa Civil)

A Justiça de Mato Grosso do Sul suspendeu, por seis meses, ação movida pelo MPMS (Ministério Público de MS) contra o Nasa Park, que cobra R$ 35 milhões do empreendimento pela tragédia ambiental causada pelo rompimento da barragem, em agosto do ano passado, que atingiu propriedades de 11 famílias no entorno.

A decisão do juízo da Vara de foi publicada no Diário da Justiça desta terça-feira (20). “Defiro o pedido de suspensão do feito, pelo prazo de 6 meses, conforme requerido pelo Ministério Público. Aguarde-se em arquivo provisório”.

No fim do ano passado, reunião dos proprietários do Nasa Park com famílias atingidas pelo rompimento da barragem estimou indenização de R$ 1,305 milhão para 11 pequenos produtores.

A reunião com tentativa de solução consensual foi mediada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul e acordados três pontos que serão protocolados em acordo formal. Os pontos incluem recuperação ambiental, segurança e indenização.

Conforme o MPMS, os empresários do empreendimento apresentaram um projeto de recuperação ambiental de toda a região do entorno da barragem, incluindo todas as propriedades afetadas, margens do rio, mata ciliar, cercamento, plantio de mudas e tudo que for determinado em um estudo técnico e que será analisado pelo órgão ambiental.

No quesito segurança, protocolaram o pedido de licenciamento de recuperação da barragem e do loteamento, apresentando todos os documentos necessários para a segurança da barragem seguindo aquilo que está na legislação.

As 11 vítimas estiveram presentes nas negociações e os investigados concordaram em indenizar o pedido integral de sete. Para as demais, apresentaram contraproposta que será levada a elas para informar se aceitam ou não.

O valor global do que está sendo discutido de indenização é R$ 1,305 milhão. Uma das vítimas não aceitou e será feita uma análise mais aprofundada dos danos alegados.

Casa da família de Gabriele afetada pelo rompimento da barragem do Nasa Park (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Desastre ambiental do Nasa Park: ‘irreparável’

Relatórios anexados ao processo pelo MPMS apontam que o rompimento causou danos ambientais, econômicos e sociais. “Prejuízo irreparável ou de difícil reparação”, afirmou o MPMS.

Diante disso, o juiz determina agilidade no bloqueio. “Intimem-se as empresas requeridas para que cumpram com urgência o determinado nesta decisão”.

Por fim, mandou intimar os três sócios sobre o teor da decisão. As informações desta reportagem constam em documento público divulgado no Diário da Justiça.

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Multa de R$ 2 milhões

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) multou os proprietários da represa do loteamento Nasa Park, em Jaraguari, em R$ 2,05 milhões. A obra é de responsabilidade da A&A Empreendimentos Imobiliários Ltda (CNPJ 27.218.108/0001-01).

Ainda conforme nota divulgada pelo Imasul, a multa foi aplicada devido a diversas infrações, que resultaram no rompimento da barragem, o que causou um desastre ambiental na região.

Além disso, em decorrência das irregularidades constatadas, a empresa responsável foi multada em R$ 100 mil. Isso, por violar as normas ambientais estabelecidas pelo Decreto Federal nº 6.514/2008, que trata das infrações e sanções administrativas ao meio ambiente.

Assim, o Imasul notificou a empresa para regularizar o licenciamento ambiental dos loteamentos Nasa Park I e II. Também deverá suspender as atividades até a obtenção de uma nova Licença de Operação.

Por fim, será feita orientação ao proprietário para regularizar os barramentos existentes e elaborar um laudo técnico sobre o rompimento. Ainda deverá implementar um Programa de Recuperação das Áreas Degradadas, com monitoramento contínuo da qualidade das águas e do solo.

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