Investigada pelo MPMS, reforma da Câmara de Dourados é desafio para nova presidente

Inquérito apura suspeita de sobrepreço e superfaturamento na execução do projeto

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Obra é cercada de polêmicas (Foto: Marcos Morandi, Midiamax)

Entre os desafios a serem enfrentados pelo nova presidente do Legislativo Municipal, Liandra Brambilla (PSDB) que tomou posse nesta quarta-feira (1), está a reforma do prédio, ainda no primeiro mandato de Laudir Munareto (PMDB).

A obra teve uma licitação cancelada por irregularidades na empresa vencedora, mas foi retomada. Entretanto, um novo inquérito foi instaurado recentemente pelo MMPS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Cercada de polêmicas, a obra segue na mira de investigações. “Irei inteirar sobre cada detalhe da reforma para darmos prosseguimento nos trabalhos”, disse a nova presidente.

A nova apuração, conduzida pela 16ª Promotoria de Justiça, quer respostas sobre suspeitas de sobrepreço e superfaturamento na execução do projeto.

A Câmara já foi notificada para fornecer documentos e justificativas detalhadas sobre a planilha orçamentária, parâmetros técnicos utilizados na avaliação das propostas e correções nos valores contratuais. 

O inquérito do MPMS está fundamentado em relatório elaborado pelo Corpo Técnico de Engenharia e Arquitetura do órgão, que apontou inconsistências nos critérios utilizados para justificar a opção pela estrutura metálica. 

Dados do MPMS revelam que a obra em estrutura metálica teria um custo orçado em
R$ 19,2 milhões, enquanto a execução com concreto armado seria de R$ 14,9 milhões, o que significaria uma diferença de aproximadamente R$ 4,3 milhões. 

“Já apresentamos esclarecimentos à notificação do Ministério Público. Acredito que nossas explicações serão suficientes para a promotoria”, disse o ex-presidente Laudir Munaretto em conversa com a reportagem do Jornal Midiamax.

Diante do novo inquérito, o vereador Rogério Yuri (PSDB), que presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o processo de licitação anterior, não descarta a abertura de nova investigação. 

“Estamos acompanhando o caso e já pedido informações ao MPMS sobre a situação do novo inquérito aberto pra apurar supostas irregularidades”, disse Yuri, que agora ocupapa o cargo de 1º Secretário da Câmara.

Atualmente a Câmara Municipal de Dourados funciona em um espaço alugado no único shopping de Dourados, localizado na Marcelino Pires. O custo mensal é de mais de R$ 63 mil e é alvo de críticas de políticos e também da população.

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(Foto: Reprodução | Sesau)