‘Farra das empresas convidadas’: ex-secretário recorre após ter pedido de liberdade negado

Desembargador havia justificado manter Isaac Bisneto preso, pois ‘só parou com prisão’

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MPMS revelou esquema de corrupção na gestão do prefeito do PSDB de Terenos, Henrique Budke (Nathália Alcântara, Jornal Midiamax)

Preso desde 13 de agosto após a Operação Velatus revelar o esquema da ‘farra das empresas convidadas’, o ex-secretário de obras de Terenos – município a 31 km de Campo Grande administrado por Henrique Budke (PSDB) -, Isaac Cardoso Bisneto, apresentou recurso depois de ter HC (Habeas Corpus) negado.

O relator, desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, considerou que o acusado só parou com a prática dos crimes quando foi preso. Assim, em sua decisão, o magistrado pontuou que “mesmo após exonerado do cargo de Secretário de Obras, somente cessou as atividades com o cumprimento do mandado de prisão“.

Agora, o diário da Justiça desta terça-feira (21) traz agravo interno criminal impetrado pela defesa de Isaac. O recurso foi distribuído na segunda-feira e será julgado pelo relator do caso, desembargador Bonassini.

O processo está sob sigilo e não há detalhes das alegações feitas pela defesa para tentar livrar Isaac da prisão.

No pedido de revogação negado anteriormente, o magistrado havia dado um ‘puxão de orelha’ no advogado por repetir o HC (Habeas Corpus): “Inclusive por intermédio de transferências para as contas bancárias de seu genitor, de forma que se justifica o decreto cautelar.() Portanto, analisando detidamente os argumentos do presente, não se constata arguição de novos fatos, teses e/ou fundamentos jurídicos diversos dos já exaustivamente analisados pela Corte. E como se sabe, o conhecimento de novo pedido de habeas corpus segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul somente é possível quando houver novos fundamentos, de fato ou de direito, não analisados no pedido anterior”.

Ex-secretário tem vários pedidos de liberdade negados

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Ex-secretário de obras de Terenos, Isaac Cardoso Bisneto (Reprodução)

Na edição do dia 8 de janeiro, o diário do TJMS (Tribunal de Justiça de MS) trouxe decisão negando outro pedido de revogação de prisão feito pelo advogado de Isaac, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto.

A decisão do juiz Valter Tadeu de Carvalho foi publicada no Diário da Justiça desta quarta-feira (8). “Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de revogação de prisão, mantendo a prisão outrora decretada de Isaac Cardoso Bisneto“, proferiu.

No mês passado, um HC (Habeas Corpus) para revogar a prisão de Isaac foi negado pela 3ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Ele está preso desde o dia 13 de agosto, acusado de corrupção por fraude em licitações na prefeitura administrada por Henrique Budke (PSDB) – reeleito prefeito do município que fica a 31km de Campo Grande.

O ex-secretário foi exonerado dias antes da operação, o que levantou suspeitas de possível vazamento da prisão. Além disso, mesmo após exonerado do cargo de Secretário de Obras, apenas cessou as atividades após ser preso.

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Exoneração dias antes de operação levantou suspeita de vazamento

“O que dá a entender? Que tinham informação privilegiada, sabiam que iam vir, por isso pediu exoneração”, dispara o vereador Clayton Cleone Melo Welter (PP) sobre saída do secretário de obras do município, Isaac Cardoso Bisneto. Segundo Caco, que é 1º secretário da Câmara, Isaac saiu dez dias antes da Operação Velatus, que revelou esquema de corrupção durante a gestão do PSDB em Terenos.

Consta no Diário Oficial do município, do dia 2 de agosto, exoneração a pedido do secretário. O prefeito Henrique Wancura Budke (PSDB) assinou a exoneração. O cargo do primeiro escalão da gestão tucana é uma nomeação política e considerado de confiança do prefeito.

Na época, o Jornal Midiamax questionou o Gaeco sobre o possível vazamento de informações e se as denúncias seriam investigadas. Contudo, não houve retorno.

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