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Transparência

Empresário acusado de desviar dinheiro de merenda continua preso, decide Justiça

Douglas Geleilaite Breschigliari é um dos denunciados em esquema que desviou R$ 10 milhões da Educação em duas cidades de MS
Gabriel Maymone -
gaeco operação psdb
Operação do Gaeco prendeu 11 pessoas em 18 de fevereiro. (Fala Povo, Jornal Midiamax e Divulgação, Gaeco)

Preso desde março acusado de desvios milionários da merenda escolas em e , o empresário Douglas Geleilaite Breschigliari,  da D&B Comércio Atacadista de Confecções, vai permanecer atrás das grades.

Ele e outros dez investigados — entre empresários, secretária de Finanças, filho de prefeito e servidores — foram presos durante a Operação “Malebolge“, deflagrada em 18 de fevereiro pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), que apurou esquema de desvios de R$ 10 milhões na Saúde e Educação nos municípios de Rochedo e Água Clara, ambos administrados pelo PSDB.

Decisão do juiz Rafael Gustavo Mateucci Cassia não reconheceu recurso chamado de embargos de declaração apresentado pela defesa de Douglas.

Isso porque, o Mário Ângelo Guarnieri Martins tentava fazer o juiz rever pontos da decisão anterior que manteve a prisão.

No entanto, o magistrado alegou que os embargos não são “mecanismo adequado para ventilar rediscussão de matéria já deliberada pelo julgador”.

Ministro do STJ diz que grupo fraudava com ‘naturalidade’

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Carlos Cini Marchionatti, sequer reconheceu pedido de HC (habeas corpus) feita pela defesa do acusado. Ou seja, o magistrado entendeu que houve algum erro técnico e não apreciou os argumentos do investigado.

O mesmo ministro já havia negado pedidos de liberdade de outros investigados.

Nesta semana, o magistrado declarou que o grupo fraudava licitações com “habitualidade”, “normalidade” e “naturalidade”.

Todos os investigados chegaram a ser soltos, após decisão liminar (provisória) do relator do habeas corpus solicitado pela defesa dos acusados, no TJMS. No entanto, os demais desembargadores da 3ª Câmara Criminal divergiram e votaram pela prisão dos envolvidos.

Dessa forma, todos os 11 implicados no esquema voltaram a ser presos no fim de março.

Na Justiça estadual, o empresário Mauro Mayer informou que está encerrando as atividades da sua empresa, a Zelitec Comércio de Produtos Alimentícios, para convencer os magistrados a livrá-lo da prisão.

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Investigados

Empresa entregava alimentos estragados para merenda de crianças. (Reprodução)

Leia também – Empresa que fraudou licitação entregava alimentos podres para merenda de crianças em MS

Entre os investigados estão o filho do de Rochedo, Fernando Passos Fernandes, que ocupava cargo na diretoria de licitações do município, além de Denise Rodrigues Medis, ex-secretária de Finanças de Água Clara.

Ademais, confira outros nomes apontados no esquema de corrupção:

  • Douglas Geleilaite Breschigliari – empresário, dono da D&B Comércio Atacadista de Confecções;
  • Mauro Mayer da Silva – empresário, dono da Zellitec Comércio e Serviços;
  • Izolito Amador Campagna Júnior – empresário, dono da I.a. Campagna Junior & Cia LTDA;
  • Luciana Mendes Carneiro – empresária;
  • Fabrício da Silva – empresário, dono de um Cyber Café que prestaria serviços para a prefeitura de Rochedo;
  • Renato Franco do Nascimento – servidor municipal, atua na Diretoria de Licitações;
  • Celso Souza Marques – servidor de Rochedo; e
  • outros dois servidores municipais de Água Clara.

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Operação ‘Malebolge’

Operação deflagrada pelo Gaeco e Gecoc teve como objetivo cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão. Então, os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Água Clara, Rochedo e Terenos.

Segundo nota oficial, o grupo especial do MPMS apontou que empresário comandava esquema que fraudou contratos ultrapassando os R$ 10 milhões nos municípios de Água Clara, administrado por Gerolina Alves (PSDB), e Rochedo, cujo prefeito é Arino Jorge (PSDB).

Assim, as investigações apontaram que o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações, principalmente na área da Educação.

Por fim, “Malebolge”, termo que dá nome à operação, é uma referência à Divina Comédia, obra clássica de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso. Dentro do inferno, o “Malebolge” é a região onde punem os fraudadores e corruptos conforme a gravidade de seus pecados. 

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