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Transparência

Desvios de R$ 8 milhões: Justiça analisa neste mês liberdade de ex-coordenador da Apae

Com aval do MPMS, Paulo Henrique Muleta Andrade planejava fugir do país
Gabriel Maymone -
ex-coordenador apae
Ex-coordenador foi preso pela segunda vez. (Reprodução, Redes Sociais, Montagem Midiamax)

A Justiça sul-mato-grossense marcou para a quinta-feira da semana que vem – dia 24 de abril – o julgamento de pedido de liberdade feito por Paulo Henrique Muleta Andrade, ex-coordenador da (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) preso após planejar fuga para a Itália enquanto responde processo por desvios de R$ 8 milhões da entidade.

O desembargador Lúcio Raimundo da Silveira já havia proferido decisão liminar (provisória) negando liberdade ao ex-coordenador, preso desde o dia 10 de março. Agora, os demais integrantes da 1ª Câmara Criminal irão decidir se seguem ou não o relator. Na decisão, o magistrado proferiu o seguinte: “Indefere-se a concessão da liminar pleiteada, não obstante de ser novamente analisada se porventura novos elementos forem carreados para os autos”.

Porém, o desembargador Emerson Cafure já declarou suspeição para analisar o Habeas Corpus. , invocando dispositivo da legislação que diz que se o magistrado for amigo ou inimigo de uma das partes, ou advogados das partes, poderá haver suspeição, que é quando o juiz fica impedido de julgar o caso.

MPMS deu aval para acusado por corrupção fugir do país

Quase um ano antes de pedir a prisão do ex-coordenador da Apae, o MPMS (Ministério Público de MS) foi a favor de pedido feito pelo investigado para se mudar para a Itália.

Na segunda-feira (10), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) – braço do MPMS – deflagrou a Operação Occulto, que cumpriu mandado de prisão contra Muleta, acusando-o de obstrução à Justiça.

Conforme nota oficial do MPMS, um dos pontos levantados pela investigação para pedir a prisão do ex-coordenador da Apae pelos desvios de R$ 8 milhões da entidade foi a tentativa de obter cidadania italiana para deixar o país. Além disso, o apontou que Muleta fez manobra para tirar de suas contas o valor de R$ 412 mil, passando o dinheiro para contas de terceiros.

As investigações começaram em 2021. No entanto, documento assinado no dia 30 de abril de 2024 pela promotora de Justiça, Paula da Silva Volpe, se manifesta a favor do pedido, sem ressalvas.

MPMS foi a favor de pedido feito por Paulo Henrique Muleta para deixar o país (Reprodução)

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Muleta tentou empréstimo para bancar fuga

Gaeco cumpre mandados da Operação Occulto (Divulgação, Gaeco)

Preso nesta segunda-feira (10) pela segunda vez, Muleta tinha R$ 412,4 mil investidos em conta bancária.

Contudo, o investigado sacou o valor e depositou R$ 411 mil para terceiros. A Caixa Econômica Federal relatou a situação, em 17 de fevereiro de 2025, à Justiça.

Conforme o relato, houve falha sistêmica que impediu o bloqueio integral do valor na conta do investigado. Assim, os R$ 411 mil seguem na instituição financeira, ainda aplicados. Porém, agora em conta de terceiros.

O Ministério Público afirmou que a movimentação financeira realizada por Andrade demonstra “inequívoca intenção de impedir ou, de qualquer forma, embaraçar a investigação e ação penal e de ocultação de patrimônio desviado do erário público”.

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