Gilmar Alves Cotrin Junior, de 44 anos, autor de feminicídio, matou a ex-esposa Valéria Carrilho da Silva, de 35, incendiada foi condenado a 25 anos de prisão no Tribunal do Júri, nesta terça-feira (15) em Dourados, cidade a 226 quilômetros de Campo Grande.
O crime aconteceu no dia 30 de julho de 2023, na casa da vítima, no Jardim Esplanada, em Dourados. Valéria deixou cinco filhos. Ela possuía medida protetiva contra o autor.
Gilmar invadiu a residência da vítima e retirou gasolina de uma moto estacionada no quintal. Ele aguardou a chegada de Valéria, jogou o combustível sobre o corpo dela e ateou fogo com um isqueiro.
A equipe de socorro conseguiu levar a vítima ainda com sinais vitais ao Hospital da Vida. Porém, estava com queimaduras no pescoço, mãos, tórax, orelhas, rosto, olhos, boca, cabelo, testa e até na barriga. Ela não resistiu e morreu no mesmo dia.
Horas depois, o autor foi preso por equipes policiais da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) e Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
Em depoimento, Gilmar confessou o crime. A motivação, segundo o autor, foi pela falta de contato da ex-esposa. O acusado disse que passou o sábado (29) tentando falar com a ex-mulher para buscar os dois filhos que tiveram durante o relacionamento.
Então, ele foi até a casa entre a noite de sábado e o início da madrugada de domingo (30), no bairro Residencial Esplanada, Rua Garrincha, para conversar. Assim que chegou ao local, eles tiveram uma discussão.
O acusado então pegou uma mangueira, retirou gasolina do tanque da moto, jogou na vítima e em seguida ateou fogo utilizando um isqueiro. Gilmar era autor de um histórico de perseguição e violência contra a costureira. Em 2022, por exemplo, a vítima já havia o denunciado.