Pular para o conteúdo
Transparência

CNJ decide se mantém afastado juiz de MS envolvido em esquema de venda de sentenças nesta terça

CNJ sustenta que há indícios do envolvimento do juiz em esquema de corrupção e fraude judicial
Fábio Oruê -
cnj juiz esquema
CNJ recebeu denúncia sobre desembargado alvo de operação. (Reprodução, CNJ)

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decide nesta terça-feira (25) se mantém o afastamento do juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 2ª Vara Cível de , que está envolvido em esquema de venda de sentenças descoberto pela PF (Polícia Federal) no bojo da Operação Ultima Ratio.

O Conselho determinou o afastamento do juiz em dezembro. Ao todo, a operação que mirou a judicial afastou cinco desembargadores de MS. Reclamação disciplinar investigou sentenças proferidas nos últimos cinco anos pelo juiz de Mato Grosso do Sul.

Em fevereiro, o plenário do órgão confirmou liminar e manteve o afastamento cautelar. Em sessão marcada para esta terça-feira, o CNJ volta a discutir a determinação e decide se mantém ou retira a liminar que mantém Oliveira afastado do (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Favorecimento de advogados mais próximos

O CNJ sustenta que há ‘indícios de envolvimento em esquema de corrupção e fraude judicial’. O corregedor nacional de Justiça, ministro Campbell Marques, assinou a medida cautelar com base em evidências apresentadas em inquéritos e documentos compartilhados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Avaliação feita pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) evidenciou a postura habitual e permanente do investigado em proferir decisões em favor de advogados com os quais mantém proximidade. 

Conforme o relator do processo, o magistrado tinha estreita relação com o de um processo julgado por ele, que era filho de outro desembargador do TJMS. A suspeita é de que ele tenha recebido vantagens indevidas, com graves danos à moralidade pública e à isonomia que se espera dos julgadores no exercício de sua função. 

Desembargadores afastados

A Operação ‘Ultima Ratio’ foi deflagrada pela PF (Polícia Federal) no dia 24 de outubro – 8 dias após as eleições da nova mesa diretora do TJMS.

A investigação que apura suposto esquema de venda de sentenças culminou no afastamento de cinco desembargadores do TJMS, dentre eles, dois eleitos para a próxima gestão do Tribunal: Sideni Soncini Pimentel (presidente eleito para assumir a partir de 2025) e Vladimir Abreu da Silva (eleito vice).

Além deles, foram afastados o atual presidente, Sérgio Fernandes Martins, Alexandre Aguiar Bastos e Marcos José de Brito Rodrigues.

Contudo, Sérgio já retomou as atividades do cargo no TJMS. Decisão do STF autorizou o retorno do desembargador à presidência. Assim, atua novamente desde 10 de dezembro.

Já os anteriormente eleitos, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva também tiveram decisões favoráveis pelo STF. Em 13 de dezembro, o ministro Cristiano Zanin autorizou a retirada das tornozeleiras eletrônicas dos desembargadores.

Foram beneficiados com a decisão do Supremo, Alexandre Aguiar Bastos e Marcos José de Brito Rodrigues. Contudo, estes quatro desembargadores seguem afastados do TJMS e cargos que ocupavam.

Compartilhe

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados