Implicado em ao menos três operações contra corrupção em Mato Grosso do Sul, o ex-chefe de licitações do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) e, posteriormente, do município de Sidrolândia, Marcus Vinícius Rossettini de Andrade Costa, terá pedido para revogar uso da tornozeleira apreciado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Isso porque o recurso só ‘sobe’ para Brasília após passar pela análise de admissibilidade, que é uma avaliação feita pelo vice-presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) se o pedido atende aos requisitos legais.
Assim, nesta segunda-feira (21), o desembargador Fernando Mauro Moreira Marinho, remeteu os autos ao STJ.
Conforme já revelado pelo Jornal Midiamax, Rossettini é elo entre vários esquemas de corrupção. A trajetória do ex-servidor começa no governo de Reinaldo Azambuja, quando alcança o posto de chefe de licitações.
Então, a atuação de Marcus na coordenadoria ocorreu na mesma época em que Édio Antônio Resende de Castro estava como adjunto da SED (Secretaria de Estado de Educação), que, por sua vez, também foi alvo de duas operações (Vox Veritatis, da PF, e Turn Off, do Gaeco), as quais revelaram esquemas de fraudes em licitações na gestão Reinaldo.
Além disso, está próximo de uma sentença processo em que Rossettini é réu por desvios de R$ 6,3 milhões no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul).
Implicado nas operações, Marcus Vinícius é escalado por Claudinho Serra (PSDB) para fazer o mesmo trabalho em Sidrolândia, quando o político, que é genro da então prefeita Vanda Camilo, assume a secretaria de finanças. “Já é do time”, diz Serra, na época tratado como pupilo no PSDB.
Ele e outros 22 são réus por desvios milionários em Sidrolândia, apurado na Operação Tromper. Conforme apurado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Claudinho Serra (PSDB) seria o ‘chefe’ da corrupção.
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Investigações da Tromper avançam
Todos foram presos em abril do ano passado, mas soltos depois, mediante uso da tornozeleira e cumprimento de medidas cautelares como recolhimento domiciliar noturno.
No início de junho, Serra, seu assessor Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia foram presos novamente e continuam atrás das grades.
Assim, Marcus e outros acusados tentam desde o início do ano se livrar do monitoramento eletrônico. No dia 11 de junho, 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou HC e manteve a tornozeleira.
Agora, a defesa do acusado entrou com recurso no TJMS, pedindo para subir o caso a Brasília.
No pedido, o time de advogados de Rossettini alega ‘constrangimento ilegal’ pelo excesso de prazo, já que afirmam que o investigado está há mais de um ano com tornozeleira.
Claudinho Serra comandou esquema de corrupção
O parlamentar é, também, ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio do Gaeco.
Claudinho Serra e outros 22 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.
Assim, investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígena, abastecimento da frota de veículos e repasses para Serra feitos por empresários. Os valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”.
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