Alvo de busca e apreensão na 4ª fase da Operação Tromper, no início do mês, o ex-chefe de licitações de Sidrolândia, Marcus Vinicius Rossettini de Andrade Costa, tenta recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para se livrar da tornozeleira.
Ele e outros 22 são réus por desvios milionários em Sidrolândia. Conforme apurado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Claudinho Serra (PSDB) seria o ‘chefe’ da corrupção, enquanto exercia cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo.
Todos foram presos em abril do ano passado, mas soltos depois, mediante uso da tornozeleira e cumprimento de medidas cautelares como recolhimento domiciliar noturno.
No início do mês, Serra, seu assessor Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia foram presos novamente e continuam atrás das grades.
Assim, Marcus e outros acusados tentam desde o início do ano se livrar do monitoramento eletrônico. No dia 11 de junho, 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou HC e manteve a tornozeleira.
Agora, a defesa do acusado entrou com recurso no TJMS, pedindo para subir o caso a Brasília. O processo tramita na vice-presidência da Justiça Estadual, para exame de admissibilidade, ou seja, analisar se o caso atende aos requisitos para seguir para a instância superior.
No pedido, o time de advogados de Rossettini alega ‘constrangimento ilegal’ pelo excesso de prazo, já que afirmam que o investigado está há mais de um ano com tornozeleira.
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Claudinho Serra, assessor e empreiteiro foram presos por ‘lavagem’ e organização criminosa

Claudinho Serra (PSDB), seu assessor Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia foram presos na quinta-feira (5 de junho) sob acusação de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além deles, também se encontra preso o empresário Ueverton Macedo da Silva, o Frescura, que, inclusive, foi condenado a três anos de prisão por obstrução de Justiça, já que escondeu seu celular do Gaeco. O aparelho nunca foi apreendido e atrapalhou as investigações.
Claudinho Serra comandou esquema de corrupção
O parlamentar é, também, ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio do Gaeco.
Claudinho Serra e outros 22 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.
Assim, investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígena, abastecimento da frota de veículos e repasses para Serra feitos por empresários. Os valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”.
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Operação Tromper e fraudes em Sidrolândia
O esquema de corrupção sobre licitações da Prefeitura de Sidrolândia envolve empresários da cidade que fraudavam documentos das empresas concorrentes, para garantir que seriam as contratadas. Mesmo assim, sem estrutura, essas empresas terceirizavam os serviços pelos quais receberam milhões de reais do dinheiro público.
Conforme a peça que embasou a operação, o esquema de corrupção teria se iniciado em 2017. Desta forma, os empresários aproveitavam os CNPJs para participar das licitações, mesmo sem qualquer tipo de experiência, estrutura ou capacidade para executarem os serviços ou fornecimento nos contratos firmados.
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