Aparecido Alves Pereira, o Cido, ex-funcionário da FFMS (Federação de Futebol de MS), foi flagrado em central da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) nesta quinta-feira (27). Ele teria ido ao local para instalação da tornozeleira eletrônica após sair da prisão. O ex-funcionário fazia parte do esquema e teria movimentado cerca de R$ 1,1 milhão dos R$ 10 milhões desviados.

Aparecido e outros cinco ganharam liberdade com uso de monitoramento eletrônico após decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) nesta quinta. A decisão sobre o HC (Habeas Corpus) manteve a liberdade de Francisco Cezário de Oliveira, presidente afastado da FFMS.

O ex-funcionário foi flagrado chegando em carro particular na Central de Alvarás, que fica na rua Marechal de Rondon.

Grupo responderá em liberdade

Receberam liberdade e usarão tornozeleira eletrônica: Valdir Alves Pereira, Aparecido Alves Pereira, Rudson Bogarin Barbosa, Umberto Alves de Oliveira, Francisco Carlos Pereira e Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira.

Segundo o advogado de defesa de Cezário, André Borges, a decisão teve votação unânime no TJMS. “Eles devem sair da prisão ainda hoje”, afirmou ao Jornal Midiamax.

Cezário responde ao processo judicial direto da casa dele, já os outros seis estavam em presídio. Os sete são réus em processo sobre corrupção no futebol de MS. “Nos próximos dias, vencerá o prazo de 10 dias para todos eles se defenderem. Então agora o processo começa, mas todos eles estão em liberdade”, comentou o advogado de defesa.

Então, Cezário e os outros seis implicados deverão apresentar defesa. “Tribunal fez a necessária justiça, todos agora irão se dedicar às respectivas defesas, mas em liberdade — bem maior garantido pela Constituição”, pontuou Borges.

Vale lembrar que a prisão de Cezário aconteceu em 21 de maio. A prisão foi durante Operação Cartão Vermelho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Ainda, houve prisão dos sobrinhos dele e outros integrantes da FFMS. O HC envolve todos os presos na ação. No entanto, somente Cezário conseguiu se livrar da prisão no dia 21 de junho, após sofrer princípio de infarto.