Prestação de contas mostra que Campo Grande tem 28 medicamentos em falta nos postos de saúde

Audiência Pública de prestação de contas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) mostrou situação no primeiro quadrimestre deste ano

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Secretária Rosana Leite conduziu apresentação. (Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

A Câmara de Vereadores de Campo Grande recebeu, nesta quarta-feira (29), a Audiência Pública de prestação de contas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), referente ao primeiro quadrimestre de 2024.

A pasta apresentou números referentes à gestão entre janeiro a abril deste ano. A titular Rosana Leite e o adjunto Aldecir Dutra compuseram a mesa juntamente do vereador e vice-presidente da comissão de educação, professor André Luis (PRD), da vereadora Luiza Ribeiro (PT) e do vereador e ex-secretário da Sesau, Sandro Benites (PP).

A secretária conduziu a apresentação e ressaltou o desafio de conseguir atender a todas as demandas. “O Sistema de Saúde é grande não porque tem muitas normas, mas é porque foi construído para o povo brasileiro […] é uma honra estar aqui prestando contas, dizer o que estamos fazendo, como estamos fazendo e o que não estamos conseguindo fazer”, explicou. Ela também ressaltou que está à frente da pasta desde fevereiro deste ano.  

Os dados mostram que a Remume (Relação Municipal De Medicamentos Essenciais Do Município De Campo Grande) possui 245 medicamentos, mas atualmente opera com 217 remédios, o que significa que 28 estão em falta. 

Segundo a secretária, tratam-se de remédios que não são para casos de alta gravidade ou doenças como hipertensão. Ela mencionou que estão em falta itens como própolis e vitaminas do complexo B, mas que todos estão em fase de entrega ou licitação. 

1,3 milhão de cartão SUS

Um dos números que chamam a atenção é que, embora o Censo Demográfico não mostre que Campo Grande possua nem 900 mil habitantes, o número de cartão SUS chega a cerca de 1,3 milhão de registros. Isso demonstra como a Capital atende moradores do interior. 

Os números da Sesau apontam que o número de atendimentos na atenção básica cresceram do ano passado para cá. Foram 1.689.417 procedimentos no primeiro quadrimestre de 2023, enquanto no mesmo período deste ano foram 1.809.540, o que representa aumento de 7.68%. Nesse grupo entram a visita domiciliar, atendimento individual, procedimento e atendimento odontológico. 

No primeiro quadrimestre deste ano, o SUS realizou 21.901 procedimentos hospitalares, entre cirurgias, transplantes de órgãos, procedimentos clínicos, entre outros. O exame com maior tempo de espera na Capital é a ressonância magnética. 

Ambulâncias

Outro tema debatido na audiência pública foi a frota das ambulâncias. Campo Grande tem sofrido com o sucateamento dos carros, o que tem impactado nos atendimentos. A Capital opera atualmente com 14 veículos, mas o ideal seriam 16. 

Os vereadores questionam como está o processo de entrega das ambulâncias prometidas pelo Governo Federal por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Seleções. A chefe da Sesau respondeu que os veículos serão entregues no prazo de seis meses. 

Além disso, o Município fechou um contrato de locação de dez ambulâncias por R$ 1,9 milhão ao ano para sanar o problema. A previsão é que as unidades sejam entregues em até 60 dias.

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