‘Mera investigação’, diz diretório do PSDB de Campo Grande após vereador ser preso

Diretório presidido por Beto Pereira emitiu nota sobre prisão de Claudinho Serra em ação contra corrupção em Sidrolândia

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Da esquerda para a direita, deputado federal Beto Pereira e vereador Claudinho Serra. (Divulgação Câmara de Campo Grande)

A Executiva Municipal do PSDB em Campo Grande classificou como “mera investigação” o inquérito que levou à prisão do vereador Claudinho Serra, na manhã desta quarta-feira (3). O parlamentar é suspeito de participar de um suposto esquema de corrupção na Prefeitura Municipal de Sidrolândia.

Em nota divulgada na tarde de hoje, o diretório presidido pelo pré-candidato à prefeitura de Campo Grande, Beto Pereira, defendeu que não pode fazer julgamentos neste momento porque o inquérito é “mera investigação” e precisa esperar a conclusão do caso. 

“Portanto, não há que fazer qualquer juízo de valor nesta fase, porque inquérito é mera investigação. Sendo assim, é preciso aguardar o resultado da apuração, a manifestação da defesa e do Ministério Público, além do Judiciário, a quem cabe conduzir e julgar a Ação Penal, se for instaurada”, afirma a nota do PSDB de Campo Grande. 

Além disso, o texto frisa que os fatos investigados são relacionados ao Município de Sidrolândia e não têm ligação com o mandato na Câmara Municipal de Campo Grande. “Por fim, seguimos confiantes na justiça e no trabalho das autoridades”, finaliza. 

Claudinho Serra foi empossado em definitivo como vereador na Casa de Leis de Campo Grande em 7 de março deste ano. Ele ficou com a vaga do correligionário Ademir Santana, que renunciou ao cargo para coordenar a campanha do pré-candidato Beto Pereira. 

Relembre: Claudinho Serra assumiu vaga de vereador que coordena campanha do pré-candidato à prefeitura de Campo Grande Beto Pereira

Confira abaixo a nota do PSDB na íntegra:

“A Executiva Municipal do PSDB em Campo Grande, tomou conhecimento do ocorrido com o vereador Cláudio Serra na manhã desta quarta-feira (03/04).

Por tudo que foi relatado pela imprensa, os fatos investigados são relacionados ao município de Sidrolândia e não tem nenhuma relação com o mandato exercido na Câmara Municipal de Campo Grande.

Portanto, não há que fazer qualquer juízo de valor nesta fase, porque inquérito é mera investigação. Sendo assim, é preciso aguardar o resultado da apuração, a manifestação da defesa e do Ministério Público, além do Judiciário, a quem cabe conduzir e julgar a Ação Penal, se for instaurada.

Por fim, seguimos confiantes na justiça e no trabalho das autoridades”, finaliza a nota. 

Prisão

O vereador Claudinho Serra (PSDB) deu entrada no Centro de Triagem “Anísio Lima”, no início da tarde desta quarta-feira (3), em Campo Grande. Conforme apurado pelo Midiamax, o político chegou ao local próximo de 12h30, em uma viatura da Polícia Civil.

O parlamentar foi preso, na manhã de hoje, na terceira fase da Operação Tromper, após mandado de prisão autorizado pela Justiça por suspeitas de esquema de corrupção. Não foi encontrada arma durante busca e apreensão na casa do vereador, em um condomínio da Capital.

Confira: Vereador Claudinho Serra é alvo de operação contra corrupção em cidade onde sogra é prefeita

A investigação, tocada pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Sidrolândia, ratificou a efetiva existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais.

O parlamentar é ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e genro da prefeita Vanda Camilo (PP). Ele é um dos oito alvos de prisão da operação, comandada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Militar, que apura corrupção na prefeitura de Sidrolândia.

Operação Tromper

Nas duas primeiras fases da Operação Tromper, os agentes investigaram corrupção na prefeitura de Sidrolândia, cidade distante 70 quilômetros de Campo Grande. Durante as investigações, foi descoberto, segundo o Gecoc, conluio entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a Prefeitura de Sidrolândia, que somados chegam a valores milionários.

Ainda segundo as apurações, também foi investigada a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, bem como o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.

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