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Transparência

Justiça rejeita denúncia de perseguição e marca audiência de ex-delegado-geral da PCMS

Ex-delegado foi acusado de perseguição após tiros contra o carro de uma jovem
Dândara Genelhú -
denúncia delegado
Ex-DGPC, Adriano Garcia (Arquivo, Jornal Midiamax)

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Garcia Geraldo, teve audiência marcada pela 6ª Vara Criminal. A denúncia de perseguição contra o ex-delegado foi rejeitada pelo juiz Márcio Alexandre Wust.

Adriano virou alvo de denúncia após tiros dados contra o carro de uma jovem de 24 anos, em uma briga de trânsito que acabou em perseguição na Avenida Afonso Pena. O caso aconteceu no dia 16 de fevereiro de 2022.

O despacho com a rejeição da denúncia de perseguição foi publicado na segunda-feira (6). Contudo, o juiz indeferiu os pedidos de rejeição da denúncia e de absolvição sumária do ex-delegado.

Além disso, não reconheceu o pedido de restituição da arma de fogo. Por fim, determinou a audiência de instrução e julgamento para 27 de setembro, às 14h.

Briga no trânsito foi estopim para exoneração

O anúncio da saída de Adriano Garcia do cargo ocorreu dois dias após o ocorrido e, no dia 22 de fevereiro de 2022, saiu a publicação da exoneração, que ocorreu após uma série de escândalos em que o ex-DG se envolveu.

A briga no trânsito foi o estopim, mas Adriano estava no centro de polêmica envolvendo a corporação no contexto da operação Deu Zebra, que investigava atuação dos donos do jogo do bicho em .

Na época, o Jornal Midiamax mostrou que delegados estavam ‘estranhando’ as ações do chefe, apontando que as decisões de Adriano estariam ligadas à suposta tentativa de interferir na briga pelo controle da contravenção em Campo Grande. O ex-DG disse na época que tais alegações eram ‘absurdas’.

O caso resultou em denúncias ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e pedido de afastamento do delegado-geral.

Ainda, em uma das reuniões sobre a operação, discussão com a delegada Daniela Kades gerou o PAD que a puniu esta semana, por insubordinação. Isso porque a delegada não repassou informações ao seu superior, que teria cobrado nomes de quem seriam as pessoas responsáveis pelo jogo do bicho.

Após deixar a DGPC, Adriano foi removido ex-officio – decisão unilateral por parte da administração pública – para atuar no CIOPS (Centro Integrado de Operações de Segurança), onde permanece até hoje.

Abordagem em viatura descaracterizada e tiros

Consta em boletim de ocorrência que Adriano buzinou após ser ‘fechado’ e que a motorista, uma jovem de 24 anos, teria ‘mostrado o dedo’ após levar a buzinada. O histórico afirma que o delegado atirou duas vezes depois que ela já tinha parado o carro, e um dos disparos quando ela tentou fugir.

Movimentação policial após briga de trânsito envolvendo ex-DGPC (Arquivo, Jornal Midiamax)

Segundo a versão da Polícia Civil, Adriano teria atirado porque achou que a jovem, mesmo com o carro trancado pelo carro dele, estaria “virando o volante para o lado dele e engatando ré”. No entanto, pouco antes, ele mesmo diz que não sabia quantas pessoas poderiam estar no carro porque tinha insulfilme, ou seja, contraditoriamente, diz que não seria possível ver o interior do veículo.

Durante o atendimento da ocorrência dos disparos feitos pelo delegado-geral, os policiais que atenderam à ocorrência do chefe recolheram a memória de uma câmera que ela tinha no para-brisa do carro, e o celular da jovem.

A motorista garante que, nas filmagens, poderia provar que o delegado-geral a perseguiu sem se identificar logo após se irritar em uma desinteligência de trânsito. “Simplesmente mostrei o dedo para ele porque meu carro afogou e ele buzinou. Eu não tenho bola de cristal para saber que ele é delegado”, disse a jovem.

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