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Transparência

Justiça nega pedido de Cezário para voltar ao comando da FFMS

Mandatário apontou possíveis irregularidades na assembleia que o destituiu do cargo, no mês passado
Gabriel Maymone -
Prisão de Francisco Cezário (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O juiz Paulo Afonso de Oliveira negou liminarmente (provisoriamente) pedido feito pelo presidente destituído do cargo na FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, para voltar ao cargo.

No pedido, o ex-mandatário alega que a destituição teria infringido normas, já que não teria sido aberto um procedimento administrativo antecedente à destituição do cargo. Também, a defesa de Cezário informou que seu cliente não teria sido notificado pessoalmente para apresentar defesa.

Em sua decisão, o magistrado pontuou que “considerando os elementos até então trazidos aos autos não são capazes de demonstrar, de maneira suficiente, a alegada nulidade da assembleia e da eleição, não se fazem presentes os requisitos necessários para a concessão da tutela de urgência pretendida“.

Agora, o processo segue tramitando na 2ª Vara Cível de Campo Grande para decisão sobre o pedido.

Assembleia extraordinária destituiu Cezário do cargo

No dia 14 de outubro, assembleia extraordinária realizada pela FFMS destituiu Francisco Cezário do cargo de presidente da entidade. A assembleia foi convocada pelo presidente interino Estevão Petrallas.

O ex-mandatário da FFMS foi preso no âmbito da operação “Cartão Vermelho”, acusado de integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele está em liberdade provisória, usando tornozeleira eletrônica, enquanto aguarda julgamento. Ele permaneceu 28 anos à frente da entidade.

Na assembleia, foram avaliados os atos do gestor. Coube aos associados deliberar sobre as consequências e penalidades previstas no estatuto. A defesa de Cezário contestou a legalidade do ato administrativo e diz que vai recorrer na Justiça.

Imbróglio para novas eleições

Após a destituição de Cezário, a FFMS havia marcado novas eleições para escolher a nova diretoria da entidade para o dia 1º de novembro.

Isso porque o prazo estipulado para divulgação das candidaturas homologadas não foi cumprido, o que suscitou o pedido do candidato Paulo Telles, para adiamento do dia da votação, que foi atendido pelo TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul).

Em decisão de última instância na última quinta-feira (14), o pleno do TJD-MS decidiu ainda pelo estabelecimento do prazo de 20 dias – até 4 de dezembro – para que a comissão eleitoral realize novas eleições para a presidência da entidade.

Sucessão na FFMS

O presidente escolhido nas últimas eleições, Fracisco Cezário foi alvo de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial De Repressão ao Crime Organizado), no mês de maio, sob suspeita de comandar organização criminosa que atuou para desviar recursos públicos destinados ao futebol local.

Com a vacância do cargo, o ex-presidente do Operário e então vice-presidente da FFMS, Estevão Petrallas, foi alçado ao cargo de presidente interino pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Desde então, a FFMS já aprovou um novo estatuto e agora se prepara para nova eleição para presidência, que quando eleita, deve comandar o futebol de Mato Grosso do Sul até 2027.

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