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Transparência

Justiça mantém lista de ‘contas sujas’ que pode deixar Beto Pereira e ex-prefeitos de MS inelegíveis

Associação de prefeitos move ação que pode 'abrir a porteira' para políticos com contas reprovadas
Gabriel Maymone -
Trecho da decisão que nega pedido da Aprefex (Reprodução)

Decisão liminar do desembargador Odemilson Roberto Castro Fassa negou pedido da Aprefex (Associação dos Prefeitos e Ex-Prefeitos do MS) de livrar da inelegibilidade todos os políticos com contas reprovadas pelo TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) que constam na lista enviada à Justiça Eleitoral para as eleições deste ano.

Dessa forma, a lista com nomes de 84 ex-prefeitos que tiveram contas reprovadas durante gestões continua com os efeitos vigentes. Ou seja, é válida para que a Justiça Eleitoral analise e declare quais candidatos da lista serão considerados inelegíveis.

Entre os nomes de ex-prefeitos com ‘contas sujas’ está o candidato do PSDB em Campo Grande, Beto Pereira, o ex-prefeito de Anastácio – que foi preterido pelo PSDB para as eleições deste ano -, Douglas Figueiredo, o ex-prefeito de Daltro Fiuza, Maurílio Ferreira Azambuja (Maracaju), Humberto Amaducci (), José Henrique Gonçalves Trindade (Aquidauana), Jun Iti Hada (Bodoquena), Nelson Cintra Ribeiro (Porto Murtinho), Maycol Queiroz (atual prefeito de Paranaíba) e outros.

A competência para a Justiça Eleitoral analisar a inelegibilidade dos nomes da lista foi reforçada pelo magistrado: “Tanto é assim que no ato impugnado está explicitado que não cabe ao Tribunal de Contas a tarefa de declarar a inelegibilidade dos gestores que figuram na relação encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso do Sul, sendo a matéria afeta à competência da Justiça Eleitoral“, diz trecho da decisão.

Saiba mais – Beto Pereira está na lista de políticos com ‘contas sujas’ e TRE-MS decide sobre inelegibilidade

Associação busca ‘abrir porteira’ para políticos com contas reprovadas

O mandado de segurança coletivo, impetrado no dia 25 de julho, três dias após o TCE-MS divulgar as listas no Diário Oficial.

Assim, o grupo alega que não caberia ao TCE a tarefa de declarar a inelegibilidade dos gestores nessa relação encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral de MS. Isso, porque tal matéria cabe à Justiça Eleitoral.

Ou seja, a segunda tabela trataria apenas das contas de gestão com dimensão técnica, que são também chamadas “contas dos ordenadores de despesas, de modo que não são exclusivas do Chefe do Poder Executivo”.

Associação alega incompetência do TCE-MS

(Reprodução, Mandado de Segurança)

Ainda na peça, a associação afirma que o órgão competente para julgar as contas de prefeito é o Legislativo.

Por fim, o grupo pede a suspensão dos efeitos da tabela das contas julgadas irregulares, que apresentam os políticos com ‘contas sujas’ no Estado.

Ainda por último, que os políticos sejam excluídos da condição de ordenadores de despesas. O pedido é assinado pelos advogados Vinícius Monteiro Paiva e Alexandre Janólio.

Com ‘ficha suja’, Beto Pereira tentou blindagem com conselheiros indicados por Reinaldo

Beto Pereira foi condenado por irregularidades flagradas em contratos e decisões que tomou quando era prefeito de Terenos. São três processos que já transitaram em julgado no Tribunal de Contas e Beto inclusive briga na justiça para adiar o pagamento de uma das multas.

Com a ‘ficha suja’, Beto recorreu a conselheiros nomeados pelo ex-governador e presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja para conseguir uma liminar ‘preventiva’ que suspende os efeitos das decisões.

Além disso, como antecipado pelo Jornal Midiamax, Márcio Monteiro (ex-secretário de Fazenda de Reinaldo), Flávio Kayatt (ex-deputado estadual pelo PSDB) e Leandro Lobo Ribeiro Pimentel, que substitui Ronaldo Chadid, afastado junto com Waldir Neves (ex-deputado federal pelo PSDB) por corrupção, suspenderam temporariamente as condenações de Beto Pereira.

As coincidências não param por aí: todas as decisões foram concedidas em 15 de julho, poucos dias antes da publicação do documento oficial. A manobra, segundo técnicos que atuam no Tribunal de Contas, indica que o tucano já sabia da situação irregular e consequente inelegibilidade.

Além disso, colocam em suspeição a validade das decisões e a isenção dos conselheiros.

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