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Transparência

Empresária acusada de fraude em licitações com Claudinho Serra diz que comprou empreiteira do pai

Defesa alega que pai da ré é quem assinou os contratos com a prefeitura de Sidrolândia
Gabriel Maymone -
Município de Sidrolândia (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Ré acusada de fraudar licitações implicadas em esquema de corrupção em Sidrolândia, a empresária Fernanda Regina Saltareli alegou em juízo que não deve responder pelos crimes apontados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Ela é proprietária da CGS Construtora e Serviços Eireli (CNPJ 25.217.122/0001-65) e, segundo sua defesa, comprou a empresa do pai, Celso Gonçalves Saltareli.

De acordo com a denúncia do MPMS, a CGS juntamente com outras empreiteiras faziam parte de grupo criminoso comandado pelo vereador (de Campo Grande) afastado, Claudinho Serra (PSDB) – genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), para fraudar licitações e desviar dinheiro para obras.

Conforme a defesa da ré, Fernanda só assumiu a empresa em janeiro de 2024. No entanto, os contratos apontados na denúncia do MPMS, que totalizam R$ 475.649,40, foram assinados pelo seu pai, representante da empreiteira à época – em 2022.

“Jamais podendo ser incriminada por suposto atos anteriores ao seu ingresso na empresa CGS, conforme prevê a legislação pertinente que consagrou o princípio da intranscendência da pena”, alega o advogado Félix Jayme Nunes da Cunha.

Ainda, defendeu o pai, afirmando que ele também não teria cometido qualquer ilícito. “O antecessor da ora acusada, seu pai CELSO, também não consta na denúncia qualquer ato praticado pelo mesmo, sendo certo que a ora acusada combate veementemente qualquer acusação de seu antecessor, o qual sempre agiu com probidade, zelo, e responsabilidade, e jamais praticou qualquer ato delituoso durante toda trajetória da empresa CGS desde a sua criação”, diz a defesa.

Por fim, pediu que seja rejeitada denúncia contra ela, assim como o juiz autorize a liberação de bens e valores bloqueados.

O que a denúncia da Operação Tromper aponta é que o grupo de empreiteiros começou a atuar com as licitações de Sidrolândia.

Empreiteira CGS tem contratos milionários com a Agesul

Por meio da Agesul, a CGS tem contratos em , Glória de Dourados e Vicentina. Esses contratos são para pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais e somam o valor de R$ 12.907.487,94.

O mais caro é o de Juti, no total de R$ 9.311.050,80. Já a AR Pavimentação tem contratos de R$ 50.737.379,10 com a Agesul.

Esses contratos também são para pavimentação em Rio Negro, Campo Grande, , Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo e Rio Brilhante. O maior contrato foi firmado em Rio Brilhante, pelo valor de R$ 15.493.363,34.

Em Campo Grande, o contrato visa à execução de bases de arenas no Coophatrabalho, Coophavila, Dom Antônio Barbosa, Itamaracá, Paulo Coelho, Nova Campo Grande e Zé Pereira.

Operação Tromper denunciou 22 pessoas

A terceira fase da Operação Tromper deu continuidade à investigação que identificou a organização criminosa voltada para fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia.

Também foi constatado pagamento de propina a agentes públicos municipais. A princípio, há uma nova ramificação da organização criminosa, ligada ao ramo de engenharia e pavimentação asfáltica.

Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 15 milhões. 

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