Alvo da Operação Sem Disputa, na manhã desta quinta-feira (8), a empresa Engeluga Engenharia Eireli, CNPJ (22.034.572/0001-24) também tem contrato com a Secretaria de Estado de Educação. A construtora é investigada por fraude em licitação.

Equipe do Midiamax esteve em um endereço da empresa, que é alvo do Dracco (Departamento de Repressão à e ao Crime Organizado), no Coronel Antonino, nesta manhã. A pessoa encontrada no local disse que não queria ser importunada e não deu declarações.

A Engeluga tem contrato firmado com a Prefeitura de Selvíria, no valor de R$ 930 mil, para gerenciamento de obras e serviços municipais, incluindo a elaboração de projeto civil e infraestrutura de Selvíria.

Ao todo, 9 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no município do interior e em . As suspeitas de irregularidades surgiram durante a análise do procedimento de inexigibilidade e do contrato.

Servidores alvos da ação, envolvidos no processo de licitação e contratação, apresentaram divergências durante as investigações. Ainda segundo o Dracco, a Engeluga foi criada em 2015, firmando contratos com vários municípios do interior, somando mais de R$ 11 milhões.

A suspeita é de manipulação de requisitos para o favorecimento nesses certames.

Contrato com a SED

Conforme os dados do Portal da Transparência do Governo do Estado, a Engeluga tem um contrato firmado com a SED, desde junho de 2023. O contrato tem valor de R$ 5.478.156,99, para reforma geral na Escola Estadual Maestro Heitor Villa Lobos, em Campo Grande.

Esse contrato é assinado pelo então secretário Edio Antonio Resende de Castro. Edio foi alvo de uma operação em novembro de 2023, também por fraudes em licitações. Ele ocupava cargo de secretário-adjunto de Educação e foi exonerado em 30 de novembro.

Ele foi alvo da Operação Turn Off, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em apoio às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, que cumpriu 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão.

Edio chegou a ser preso e depois conseguiu habeas corpus. Conforme divulgado em nota, o grupo criminoso fraudava licitações públicas para compra de aparelhos de ar-condicionado para a SED, também a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela SES.

Também foi fraudada licitação para aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da de Campo Grande, além de outros. Os crimes foram cometidos com pagamento de propina a vários agentes públicos. Os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam R$ 68 milhões.

Foto: Equipes do Dracco cumprem mandados (Divulgação)