O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) se manifestou contra o segundo pedido de liberdade do presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira. O parecer contrário, no entanto, foi emitido na tarde de quarta-feira (5), antes do infarto do ex-presidente.

Ele foi preso há duas semanas, em 21 de maio, durante a Operação Cartão Vermelho. O primeiro pedido de revogação da prisão foi indeferido na última quarta-feira (29) pela Justiça. Agora, o pedido segue concluso para decisão do colegiado.

Ele e outros seis, incluindo familiares, são acusados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de compor organização que desviou mais de R$ 6 milhões da FFMS entre 2018 e fevereiro de 2023. Os recursos eram provenientes de repasses do Governo do Estado e da CBF (Confederação de Futebol). 

Cezário foi levado às pressas ao Hospital da Cassems após sofrer princípio de infarto durante o início da noite da quarta-feira (5). Ele estava preso havia duas semanas em cela especial do Presídio Militar.

Prisão de Cezário

A Justiça negou, pela segunda vez, o pedido de liberdade do presidente afastado da FFMS. Ele foi preso no último dia 21 de maio, durante a Operação Cartão Vermelho. Outras seis pessoas são acusadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) organização que desviou mais de R$ 6 milhões da FFMS entre 2018 e fevereiro de 2023. Os recursos eram provenientes de repasses do Governo do Estado e da CBF (Confederação de Futebol). Grupo de Cezário desviou mais de R$ 6 milhões.

Conforme informações do Gaeco, o grupo liderado por Francisco Cezário realizava pequenos saques de até R$ 5 mil para não chamar atenção dos órgãos de controle. De setembro de 2018 a fevereiro de 2023, foram identificados desvios que superaram os R$ 6 milhões.

Portanto, somente durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos mais de R$ 800 mil, inclusive em notas de dólar. Revólver e munições também foram apreendidos.

Os valores eram distribuídos entre os integrantes da organização criminosa. O esquema se estendia também a outras empresas que recebiam altas quantias da federação. Assim, parte dos valores era devolvida ‘por fora’ ao grupo.

Assim, a organização criminosa também possuía um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) emitiu, no dia 29 de maio, ofício destinado ao TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul) em que reitera o nome do ex-presidente do Operário, Estevão Petrallas, como presidente interino da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).