Os poucos dias em que ocupou a cadeira de vereador na Câmara de Campo Grande, no mês de maio, renderam um salário bruto de R$ 4.220,38 ao Dr. Lívio Viana de Oliveira Leite, o Dr. Lívio (União). O parlamentar participou de duas sessões enquanto ocupava temporariamente a vaga de Claudinho Serra (PSDB), preso em abril na Operação Tromper. Contudo, ele perdeu o cargo durante a briga judicial para o oitavo suplente do PSDB, Giancarlo Josetti Sandim, o Gian Sandim.

Dr. Lívio recebeu proporcionalmente ao tempo trabalhado, já que um mês de serviço rende aos vereadores proventos de R$ 18.991,69.

Conforme o contracheque da Casa de Leis, Dr. Lívio recebeu um salário líquido de R$ 3.616,08 depois que foram descontados R$ 409,66 de INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e R$ 194,64 de imposto de renda. 

Briga na Justiça por vaga de Claudinho Serra

Dr. Lívio foi empossado em 21 de maio para ocupar temporariamente a vaga de Claudinho Serra (PSDB), mas dois dias, em 23 de maio, a Justiça mandou anular o termo de posse do terceiro suplente tucano e mandar convocar o oitavo suplente, Giancarlo Josetti Sandim, o Gian Sandim, no prazo de 48 horas. 

O motivo está ligado a uma briga judicial sobre quem deveria ocupar a cadeira de Serra, que ficará afastado até setembro após apresentar um atestado médico e pedido de afastamento depois que saiu da cadeia mediante uso de tornozeleira eletrônica.

Claudinho Serra, o titular da vaga, esteve preso por 23 dias, no mês de abril, após ser acusado de ser mentor de um suposto esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, na época em que foi o secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica, durante a gestão da sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP). 

A Câmara de Vereadores chegou a apresentar recurso contra a decisão para manter Dr. Lívio na vaga, mas acabou desistindo de dar continuidade ao processo e Gian Sandim foi empossado em 29 de maio.

De um lado, o argumento utilizado era que a vaga pertencia ao terceiro suplente, o Dr. Lívio, pois ele mudou de partido e foi para o União Brasil durante o período permitido, a janela partidária. 

Já a defesa de Gian Sandim alegou fidelidade partidária e que a vaga deveria ser ocupada por quem permaneceu no partido desde as eleições municipais de 2020. Os demais suplentes com melhores colocações do PSDB que Gian Sandim mudaram de partido neste período, o que restaria somente ele nessa linha de sucessão. 

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