Em novembro de 2023, a CCO Infraestrutura Ltda (CNPJ 03.728.785/0001-01) foi contratada para uma obra emergencial em Ribas do Rio Pardo, a 97 quilômetros de Campo Grande. Agora, prestes a encerrar o contrato, moradores na cidade do interior denunciam que a obra está desmoronando.
Esse contrato trata da obra emergencial de recuperação de áreas degradadas no acesso ao polo industrial em Ribas do Rio Pardo. Já o valor firmado no contrato é de R$ 479.950,29.
Com data inicial de 17 de novembro de 2023, o contrato encerra agora no dia 15 de maio de 2024. No entanto, o que moradores relatam é que a obra está desmoronando e que deveria ser refeita.
O Midiamax acionou a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) e, em resposta, a Agência esclareceu que:
“O Governo do Estado, por meio da AGESUL – Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos, iniciou uma obra de pavimentação neste acesso, porém, houve a necessidade de readequação do projeto original apresentado pela Prefeitura.
Aproveitando que a obra de drenagem já estava concluída, após fortes chuvas na região, a Agesul está realizando intervenção emergencial neste acesso ao polo industrial de Ribas do Rio Pardo, que está em andamento.
Além disso, a Agesul já aprovou um novo projeto para a pavimentação da MS-340, com um investimento estimado em R$ 24 milhões. Este projeto aguarda a conclusão dos trâmites necessários para a abertura do processo licitatório.”
Procurada pelo Midiamax, a CCO informou que está com 83% da obra concluída, restando apenas a finalização de uma valeta de proteção, cerca e sinalização da bacia. “Cabe destacar que, no mês de abril, mais precisamente no período de 09 a 14, o Município de Ribas de Rio Pardo/MS enfrentou fortes chuvas acima do volume previsto (inclusive no dia 10/04/2024 foi decretado estado de emergência”, diz trecho da nota.
Com isso, a bacia de amortização acumulou água, que a empresa afirma ter sido um fato esperado. “Para o término dessa etapa, a Empresa CCO teve que acompanhar o comportamento da Bacia de Amortecimento depois do período chuvoso (14/04) para que houvesse condições adequadas e seguras para finalização das atividades contratadas. Em resumo, informamos que nos dias 27 e 28/04/24, foram iniciadas as ações para continuidade dos serviços. E, nos próximos dias, a Empresa estará trabalhando para finalização dos serviços, com prazo de conclusão de até o dia 15/05/24”.
CCO Infraestrutura
A CCO Infraestrutura tinha como um dos sócios-proprietários, até 2022, Francisco de Assis Cassundé Ferreira, diretor na Agesul, na Diretoria de Infraestrutura Rodoviária. Em 2023, a empresa foi contratada para obra emergencial em Campo Grande.
Essa obra era a reestruturação da passarela no Lago do Amor, que desmoronou em meados de janeiro, e foi entregue em setembro. Um mês depois, a passarela voltou a ser interditada porque a calçada começou a ceder com as chuvas.
Ao todo foi orçado valor de R$ 3,8 milhões para o contrato. Em março, a empresa firmou contrato com a Prefeitura de Angélica, de R$ 9.121.306,48, para obras de pavimentação asfáltica no município.
Além destes, a CCO também tem vários contratos ativos em Ponta Porã, também para pavimentação. São ao menos com valores de R$ 963.234,80, R$ 1.964.545,78, R$ 12.070.222,78, R$ 9.587.161,82 e R$ 2.910.729,32.
